Uso de jogos como soluções lúdicas em sala de aula é tema de live

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Os jogos podem ser grandes auxiliadores para o aprendizado. Criar, imaginar, produzir é capaz de proporcionar o desenvolvimento intelectual, social, emocional e físico dos estudantes. Pensando nisso, a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (Sec), junto com o Instituto Anísio Teixeira (IAT), promove nesta quinta-feira (16), às 17h, a vigésima live no canal do IAT, no Youtube, com a participação do professor e pesquisador, Luciano Bastos. 
 
A transmissão que irá discutir o jogo RPG como estratégia pedagógica também trará outras abordagens, tais como a  utilização do lúdico na educação e o que pode oferecer no micro cosmo das relações em sala, as vantagens e desvantagens em relação às aulas tradicionais, os benefícios comportamentais, além de projetos e apresentação de jogos já produzidos pelo professor convidado. “O objetivo é falar sobre as bases teóricas da pesquisa com jogos na educação, os benefícios atitudinais, sociais e mentais dos jogos, sobre construção e prática na utilização dos jogos em sala”, pontuou Luciano.
  
O RPG é um formato de jogo voltado para a interpretação de papéis que representam personagens fictícios e imaginários controlados pelos jogadores, interagindo em um universo próprio, que pode ser totalmente ficcional ou não, estimulando assim a imaginação dos estudantes. Aventuras medievais e viagens no espaço são alguns exemplos das formas de jogar RPG. Vale ressaltar que o RPG é um estilo e não um único jogo. “O jogo desenvolve a criatividade, ele faz uma miniaturização do real, permitindo que a gente faça discussões sobre o real de uma maneira divertida e empolgante. O game tem uma série de benefícios atitudinais e mentais que ajudam na socialização e na aprendizagem de conceitos e significados” explicou o pesquisador.
 
A transmissão faz parte de uma série desenvolvida pela Secretaria da Educação do Estado, por meio do IAT, que tem o propósito de oferecer recursos que contribuam na construção de conteúdos educacionais no período de isolamento social. Diversos temas já estiveram em pauta nas lives, como aplicativos e programas – novas tecnologias na educaçãofotografia como linguagem nos processos de ensino aprendizagemCiência de Dados na Educação PúblicaLinguagem RadiofônicaAprendizagem CriativaCultura Por para inovar na educaçãoComo combinar tecnologia , liberdade e educaçãoLives como dispositivo de aprendizagemSonhos e Descobertas CientíficasCultura Maker para educadores, Pedagogia HackerRobótica SustentávelTurbine seu conteúdo digitaleducação para Surdos na pandemiaLiteratura e inclusão nas escolasMatemática CriativaGame, Ciência e AstronomiaHistória de Mulheres Negras para Sala de Aulaentre outros. Todas as transmissões estão disponíveis no canal do IAT no Youtube.
 
Jogo Ágora
 
Nesta terça-feira (14), aconteceu mais uma atividade da série, no canal do IAT no Youtube, sobre o Jogo Ágora, um aplicativo para dispositivos móveis desenvolvido pelos estudantes Filipe Souza, Renata Valença, Luis Jonas Cardoso, Vitor Hugo Lacerda do Centro Juvenil de Ciência e Cultura (CJCC) de Vitória da Conquista. Jogando ao vivo, a transmissão teve a participação da professora e orientadora do projeto, Elmara Souza e da estudante e desenvolvedora de jogos, Renata Valença. 
 
O Ágora é um jogo colaborativo no qual os participantes administram uma cidade e defendem seus pontos de vista através de debates e argumentações e tomam decisões a partir de diversas situações e problemas apresentados durante as fases do game.  “Nós não queríamos um aplicativo que fosse conteudista, mas sim que desenvolvesse competência e optamos pela argumentação. É importante a argumentação para os nossos estudantes para que eles defendam seus pontos de vista e tenham bons argumentos. Isso, inclusive, favorece o exercício da cidadania. À medida que você vai jogando o Ágora, você vai desenvolvendo essa competência de argumentar e ela favorece muito na defesa do ponto de vista, e não é só aceitar ou rejeitar uma situação, mas sim argumentar” apresentou a professora Elmara. 
 
As convidadas também contaram como foi o desenvolvimento do aplicativo. “Participar desse projeto foi uma das experiências mais incríveis que eu já tive. Eu aprendi muito. Pesquisei, li muitos artigos, deixei de ter o senso comum para ver de forma cientifica os assuntos para colocar os dois pontos da situação para o jogador conseguir se embasar e chegar à resposta” contou Renata. A estudante também explicou de onde partiu a ideia da criação do jogo. “Quando criamos o Ágora pensamos principalmente nos estudantes das escolas públicas, já que normalmente na escola eles não trabalham tanto isso de argumentar com as pessoas. Nós pensamos o Ágora para que não fosse um simples aplicativo, mas uma atividade de grupo em que houvesse discussão sobre a situação, apresentando os motivos e avaliando se vale aceitar a situação ou não”, completou.  
 
O projeto colocou a equipe de estudantes entre as 20 finalistas nacionais da Maratona UNICEF Samsung 2019/2020. Organizada pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) e Samsung, em parceria com a Associação para Promoção da Excelência do Software Brasileiro (SOFTEX), o evento tem o objetivo de promover o desenvolvimento de projetos para dispositivos móveis que visem a utilização de aplicativos (apps) nas salas de aula do Ensino Médio nas áreas de Ciências Exatas, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Ciências da Natureza e Linguagens e suas tecnologias.
 

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