O canto que marca a ritualística indígena deu início, nesta segunda-feira (22), ao encontro com gestores, coordenadores indígenas e a executiva do Fórum de Educação Escolar Indígena (FORUMEIBA), no Hotel Fiesta, em Salvador. A atividade, promovida pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), tem como objetivo discutir ações e diretrizes da Educação Escolar Indígena.

 

A secretária da Educação do Estado, Adélia Pinheiro, destacou como o evento contribui para fortalecer a Educação Escolar Indígena. “É com muito orgulho que participo dessa abertura, nessa empreitada que é conjunta, respeitosa, democrática e que honra a história e a cultura dos nossos povos tradicionais. Que sigamos juntos para a construção deste momento na educação escolar indígena, com respeito aos povos originários, cumprindo todos os compromissos assumidos”, afirmou.

 

A rede estadual de ensino tem 62 escolas indígenas, 6.622 estudantes e 643 professores indígenas. O encontro tem a participação de educadores e gestores das etnias Tupinambá, Tumbalalá, Pataxó, Pataxó Hãhãhãe, Kiriri, Tuxa-Banzaê, Tuxa Aldeia Mãe Rodelas, Pankararé, Kaimbé, Funiô, Xukuru-Kariri e Kantaruré-Jeripankó. 

 

Até a próxima sexta-feira (26), serão realizadas diversas atividades, como mesas e palestras, com abordagem de temáticas que vão do pedagógico a questões administrativas, como por exemplo programas de financiamento para a Educação Escolar Indígena; gestão escolar indígena; Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB) Educação Escolar Indígena; e Educação de Jovens e Adultos e Educação Inclusiva, dentre outras.

 

A secretária do FORUMEIBA, Leidiane Tumbalalá, também falou sobre a simbologia deste encontro e sua representatividade por meio do fórum. “Estar aqui, hoje, junto com os professores, gestores e coordenadores, é o que representa o FORUMEIBA. O fórum somos todos nós que tratamos da Educação Escolar Indígena”, afirmou.

O coordenador da Educação Escolar Indígena da SEC, Noitxáru Pataxó, ressaltou a importância desse encontro, que ressalta o perfil escuta e diálogo da gestão estadual. “Para a gente é muito importante ter esse espaço para reforçar o diálogo com os gestores indígenas, que estão na base atendendo nossos estudantes, além de ser um lugar para tirar dúvidas e falar sobre suas experiências até aqui e a partir disso, nós iremos fazer o planejamento para o segundo semestre. É um evento muito importante porque abre, ainda mais, a possibilidade desse diálogo horizontal com os gestores indígenas”.

 

O primeiro dia do encontro também contou com o lançamento do livro de Educação Escolar Indígena intitulado “Resistência ativa e diálogos interculturais”, de Clelia Neri Côrtes. Também estiveram presente, Rosilene Cavalcante, superintendente de Políticas para a Educação Básica, e Poliana Reis, diretora da Educação Escolar dos Povos Originários e Comunidades Tradicionais da SEC.