De autoria da pesquisadora, jornalista e ex-professora do Instituto Anísio Teixeira, Joalva Menezes Moraes, será lançado, no próximo dia 04, às 14h, na Casa do Benin, no Pelourinho, o livro ‘Rede Anísio Teixeira e a Aplicação da Lei 10.639/2003’. A obra, que será publicada pela editora Appris, traz uma pesquisa acerca das tecnologias educacionais produzidas pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia como recurso pedagógico, na perspectiva do cumprimento da Lei 10.639/2003, em Salvador. A lei em questão obriga o ensino da história e cultura da África e dos afrodescendentes nas escolas brasileiras.

De acordo com a autora, o objeto da pesquisa apresentada na publicação diz respeito a quadros que integram os 12 episódios do programa “Almanaque Viramundo” (http://pat.educacao.ba.gov.br/), que é produzido pelo programa de Difusão de Mídias e Tecnologias Educacionais da rede pública estadual de ensino da Bahia - Rede Anísio Teixeira. O programa é uma ação do Instituto Anísio Teixeira, órgão que integra a estrutura da Secretaria da Educação do Estado da Bahia.

“O livro é o resultado da minha pesquisa de mestrado, realizada em 2014, e trata da Lei 10.639/2003, que completa 20 anos em 2023, motivo pelo qual precisamos sempre estar conversando, discutindo, debatendo e levando esta temática para a escola. O livro aborda a questão da lei, o cumprimento dela pelas escolas e a utilização de recursos didáticos produzidos pela Secretaria de Educação do Estado da Bahia”, afirmou Joalva Moraes.

A pesquisadora destacou ainda que o grande gargalo da aplicação da lei é material didático, recurso didático, e por isto ela trouxe no livro uma análise da utilização dos recursos didáticos audiovisuais produzidos pela Rede Anísio Teixeira, mais especificamente pela TV Anísio Teixeira, no início do programa “Almanaque Viramundo”. “Analisando estes conteúdos, percebendo onde existem elementos que estão de acordo com o cumprimento da lei, fomos ao Colégio Estadual Governador Lomanto Júnior e fizemos um grupo focal com a comunidade escolar para que eles pudessem dar também a opinião deles em relação a este recurso didático e a sua relação com o cumprimento da Lei 10.639/2003”, explicou.

Joalva Moraes é doutoranda em Relações Interculturais, na Universidade Aberta de Portugal, mestre em Políticas Sociais e Cidadania pela Universidade Católica de Salvador, especialista em Psicologia da Educação e possui bacharelado em Comunicação Social-Jornalismo e licenciatura em Letras Vernáculas.