A equipe técnica do Programa de Atenção à Saúde e Valorização do Professor (PASVP) da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), se reuniu, nesta quarta-feira (15), para realizar um balanço e apresentar os resultados das ações realizadas em 2021. O programa conta com uma equipe multidisciplinar composta por 70 profissionais ligados às áreas da Psicologia, Fonoaudiologia, Fisioterapia, Nutrição, Serviço Social e Educação Física. De acordo com os dados apresentados, foram realizados 7.166 atendimentos psicológicos e 1830 oficinas nos Núcleos Territoriais de Educação (NTE), com mais de 40 mil pessoas envolvidas. Além disto, no Posto de Atendimento ao Servidor, localizado na sede da SEC, foram feitos 3.648 atendimentos, incluindo consultas médicas, acolhimentos psicológicos, atendimentos de enfermagem, terapias holísticas, serviço social, Planserv e realização de eventos. 

 

De acordo com a superintendente de Recursos Humanos da SEC, Rosário Muricy, apesar do ano atípico por conta da pandemia da COVID-19, os resultados das ações foram positivas. “O nosso êxito se dá pelos números que alcançamos e por saber que cada número desse representa uma dor amenizada, uma patologia prevenida para os professores e alunos da rede. O programa precisou se reestruturar para atender a novas demandas, bem como, as restrições impostas pelas autoridades de saúde. Então tivemos que realizar as nossas atividades de forma 100% on-line. Com o avançar da vacinação e com a pandemia dando sinais de controle, foi possível a equipe atuar no formato híbrido. Com essas mudanças e transformações, tornou-se necessário fazer um balanço dos trabalhos desenvolvidos, analisando o planejado e o executado; os resultados e avanços; pontos positivos; pontos a serem melhorados, dificuldades e as expectativas para o 1º semestre de 2022”.

 

Elisabete Dias, coordenadora do PASVP, salientou a importância do trabalho dos profissionais envolvidos, analisou os dados apresentados e destacou o planejamento para o próximo ano. “Com os relatos dos profissionais que  trouxeram e compartilharam suas experiências, percebemos que apesar de todo contexto pandêmico e a transição da atividade híbrida para presencial, os nossos resultados foram expressivos e importantes. A partir deles, estamos trabalhando as ações do próximo exercício. Durante o ano, fizemos rodas de conversas com temas e públicos variados com o objetivo de promover o bem-estar e a saúde mental de todos os envolvidos, assim como propiciar a ampliação dos conhecimentos e troca de experiências. Também foram desenvolvidas oficinas virtuais e presenciais para professores, estudantes e comunidade escolar”.

 

A psicóloga Maria Gabriely Souza, do município de Itabuna, esteve no encontro e avaliou a importância dos atendimentos. “Os atendimentos, esse ano, foram muito complexos. Com a pandemia, os professores e funcionários ficam mais fragilizados, porque saiam do ambiente de trabalho com a sua jornada específica e levavam os problemas para o seu cotidiano. Em muitos momentos, os  profissionais, além de levar conteúdos para os alunos, são as pessoas que acolhem os estudantes e se tornam uma família para os mais fragilizados.  Então quando isso tudo se mistura, a tendência é gerar complicações. Alguém precisa cuidar deste profissional e escutá-lo, por isso vejo o programa como extremamente relevante”.