Fotos: Emerson Santos - Ascom/Educação

“Nasci predestinada a ser professora”. Quem afirma isso é Zélia Bispo da Encarnação. Seu nome, revela, foi escolhido por sua avó após ler um livro que tinha uma personagem Zélia, também professora. “Assim como minha mãe, acho que ela já sentia que eu seria uma professora”, disse com um sorriso largo. Atuando há sete anos no Colégio Sara Violeta de Mello Kertsz, localizado no bairro Rio Sena, no subúrbio de Salvador, Zélia Encarnação, mesmo morando longe do colégio, em Guarajuba, chega sempre no horário, pronta para a sua missão: ensinar com amor.

Professora de Arte, com 20 anos de profissão, Zélia encontrou nesta unidade de ensino a sua segunda casa e se apegou rapidamente a seus alunos. De acordo com a diretora Sandra Lee Ribeiro, Zélia quer trabalhar até nos dias em que está fora de escala e, quando está ensinando, sempre arruma uma desculpa para ficar mais um pouco após o expediente. “Ela se entrega de corpo e alma à escola e alunos. Acho que se não morasse longe, estaria aqui 24 horas por dia”, brincou a gestora.

“Ela se entrega de corpo e alma à escola e alunos", diretora Sandra Lee Ribeiro

Por dividir sua carga horária de 40 horas entre duas escolas, Zélia optou em ter dedicação exclusiva a apenas uma. “Foi uma escolha muito difícil sair da outra escola. Mas, sinto que aqui estou mais completa porque este colégio é muito especial para mim”, declarou. Sobre ser educadora, a professora ressalta: “meu trabalho é pautado na afetividade porque educar envolve a humanização e a responsabilidade em cuidar do outro com amor e dedicação”. Ela também explica que a arte não é uma disciplina isolada e minimalista. “Ensino aos meus alunos a transformar a arte em amor, a traduzir esse sentimento através de uma pintura, dança e demais formas de expressão artística”.

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Fotos: Emerson Santos - Ascom/Educação

A estudante Sara de Oliveira, 13 anos, não esconde o carinho que tem pela docente. “Eu amo a professora Zélia porque ela é carismática, nos dá conselho e nos incentiva a estudar cada vez mais”. Para Neilane de Oliveira, ela é muito mais que uma professora. “A vejo como uma segunda mãe, pois, sempre está do nosso lado e quando nos chama atenção é porque ela quer o bem de seus alunos”. Sobre as aulas de Arte, Rebeca Cerqueira, 14 anos, destacou: “São divertidas e estimulantes porque exploramos nossa criatividade de várias formas”.

A professora de Arte vem de uma família de sete irmãos, seis deles trabalham na área educacional. “O amor pela profissão já estava dentro de mim e foi algo espontâneo. Comecei ainda criança ensinando aos meus amigos do bairro e eles prestavam atenção porque acho que realmente me enxergavam como uma professora”, revelou.