Magistério Indígena forma 101 professores

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A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em parceria com o IAT, promove a formatura do curso de Magistério Indígena no dia 20 de maio de 2011, às 16 horas, no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, com a presença do governador do Estado Jaques Wagner.

A ação é parte integrante do Plano de Trabalho Operativo – compromisso estabelecido entre Governo do Estado e Povos Indígenas. A solenidade de formatura dos 101 professores será realizada com a presença, também, do Secretário da Educação Osvaldo Barreto, de 70 lideranças indígenas convidadas, representações do MEC, FUNAI, secretarias municipais de Educação, organismos vinculados aos povos indígenas, organizações indígenas e indigenistas.

O Magistério Indígena cumpriu o objetivo de titular esses professores preparando-os para o exercício do magistério em classes de educação infantil e ensino fundamental, séries iniciais, baseado nos princípios de uma educação específica, diferenciada, intra e intercultural nas 60 escolas indígenas do nosso estado, atendendo a 7.730 alunos.

Assim a SEC cumpre uma meta importante na educação escolar indígena na Bahia que é a de, respeitando a legislação no que se refere ao exercício docente ser assumido por professores indígenas, dotar as escolas indígenas de professores com formação em nível médio. Outra meta substancial fortalecida no Magistério Indígena é a Licenciatura Intercultural, em curso na Bahia, atendendo a 188 indígenas e acolhendo hoje mais de 80% dos concluintes dessa turma de Magistério.

A formação específica recebida por esses professores constituiu-se numa experiência riquíssima que permitiu a reflexão contínua sobre a prática pedagógica a partir de suas referências culturais na condução do processo ensino aprendizagem nas escolas indígenas, ampliando os saberes na perspectiva de fortalecer o diálogo inter e intracultural necessário à prática pedagógica que fortaleça as bases da educação específica e diferenciada, um novo paradigma educacional em construção pelos povos indígenas do Brasil e da Bahia.

Foram produzidos pelos professores uma diversidade de materiais experimentais (livros, cartilhas, vídeos, sites...) como um dos frutos de trabalho deste curso, para uso nas escolas que atendem aos povos da Bahia (Kiriri, Kaimbé, Pataxó, Pataxó hã hã hãe, Tupinambá, Tuxá, Pankararé, Xucuru Kariri, Pankaru,Tumbalalá, Kantaruré). Foram produzidos 34 materiais que serão experimentados e validados nas escolas indígenas para posterior publicação e distribuição para todas as escolas.
 
O governo da Bahia, através da SEC, vem implementando uma política educacional construída no diálogo com o Fórum Estadual de Educação Indígena, levando em conta as especificidades socioculturais de cada povo e seus projetos societários, assumindo o compromisso de melhorar a qualidade da educação oferecida a esses povos, contribuindo assim para a ascensão social das pessoas que compõem as comunidades indígenas de nossa terra.
 

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