Formação integra secretarias de educação e docentes de universidades

Como em todo ano ímpar, a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro deu início, em abril, aos cursos de formação presencial pelo Brasil. Com o objetivo de ampliar ainda mais a integração com os parceiros do projeto nos Estados, em 2013 foram reformuladas algumas das ações. Dessa vez, os cursos presenciais estão sendo totalmente organizados em conjunto com os parceiros e colaboradores da chamada “rede de ancoragem da Olimpíada”, grupo formado por docentes de universidades públicas, representantes do Consed e das Undimes em cada Estado.

“Como costumo dizer, quem faz o programa não é o Cenpec, mas todas essas instâncias”, afirma Sônia Madi, coordenadora da Olimpíada. “Elas fazem toda a mobilização e a organização dos cursos. Além disso, é muito importante que o curso seja dado por um docente de uma universidade local. Ele é referência e é quem melhor conhece a realidade de sua região”, completa Sônia.

Por isso, a proposta em 2013 foi integrar a formação da Olimpíada ao calendário de formações programadas pelas próprias secretarias de educação, tornando-a uma atividade oficial. O Cenpec faz o acompanhamento e dá todo o suporte metodológico, enviando os materiais pedagógicos do programa. Esse tipo de ação permite que as secretarias de educação ampliem ainda mais o trabalho. Elas organizam seus próprios cursos e disseminam a metodologia da Olimpíada, considerando cada contexto local e fortalecendo os vínculos das entidades participantes com o projeto.

“Essa descentralização valoriza o protagonismo local e os docentes da região”, confirma Mariana Garcia, responsável na equipe da Olimpíada por articular as ações de formação em cada Estado.  O objetivo é que todos os Estados tenham educadores atuando como multiplicadores da Olimpíada em seus municípios e regiões.

Goiás e Bahia saem na frente - Os dois Estados realizaram em abril e maio, respectivamente, suas ações de formação. O Ceará também faz a sua em maio, entre os dias 27 e 29. Outros cinco confirmaram as atividades para os próximos meses. São eles:  São Paulo (01 a 03 de julho); Mato Grosso (29 a 31 de agosto e 19 a 21 de setembro); Piauí (19 e 20 de outubro); além de Paraná e Santa Catarina que ainda não fecharam as datas.

Goiás reuniu 37 técnicos e professores de várias regiões do Estado na cidade de Pirenópolis, entre os dias 9 e 10 de abril. Representantes de Anápolis, Aparecida de Goiânia, Campos Belos, Ceres, Formosa, Goiás, Goianésia, Inhumas,Itaberaí, Itapaci, Itapuranga, Itumbiara, Jussara, Luziânia, Minaçu, Goiânia e Palmeiras participaram do curso ministrado pelo professor Jamesson Buarque, da Universidade Federal de Goiás.

Segundo Rosely Wanderley Araújo, técnica da secretaria estadual e responsável pela Olimpíada em Goiás, as formações contribuem com a implantação e consolidação das propostas curriculares discutidas no Estado desde 2004. “As reflexões desenvolvidas nos encontros ampliam os conhecimentos dos professores em relação à teoria dos gêneros e à metodologia das sequências didáticas”, afirmou. Ela também destaca o envolvimento dos participantes em todas as etapas da Olimpíada, pois além de realizarem as formações com professores de sua região, incentivam as inscrições para o concurso, realizam o acompanhamento das oficinas nas escolas e participam das comissões avaliadoras municipais. “Esta formação se dá num processo contínuo e continuado: técnicos e técnicas responsáveis assumem um compromisso de desenvolver o trabalho durante um biênio. Com isso, têm mais tempo para se envolverem no processo, o que resulta num trabalho mais consistente. Os resultados são muito melhores do que o de formações pontuais”.

Na Bahia, a primeira formação aconteceu em Salvador, entre os dias 7 e 9 de maio. As atividades foram coordenadas por Lúcia Pedreira Diniz, da secretaria estadual e o curso foi ministrado pela professora Lícia Maria Freire Beltrão, da Faculdade de Educação da Universidade Federal da Bahia. Representantes de 30 diretorias regionais de educação do Estado e outros três técnicos da secretaria participaram do encontro. Ao final dos três dias, Lúcia Diniz fez uma avaliação com o próprio grupo sobre o curso e destacou que a maioria quer aprofundar os temas desenvolvidos. “Dezenove professores responderam que gostariam de outra formação no segundo semestre, com duração de quatro dias e com a mesma formadora, sendo cada dia para oficinas sobre um dos gêneros textuais da Olimpíada”, afirmou Diniz em seu relatório enviado à coordenação do projeto.

Fonte: www.escrevendoofuturo.org.br

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