Formação dá visibilidade ao atendimento de estudantes de classes hospitalares

Oferecer instrumentos para educação inclusiva de estudantes de classes hospitalares foi o tema do Inclusão em Pauta realizado nesta sexta-feira (16), no Instituto Anísio Teixeira (IAT). Educadores das redes municipal e estadual participaram do quinto encontro do projeto este ano, que já abordou o atendimento educacional especializado para surdos, deficientes visuais e intelectuais. A atividade é uma iniciativa da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), realizada por meio do IAT.

Durante rodas de conversa e oficinas os educadores dialogaram sobre os procedimentos do atendimento de estudantes que necessitam do deslocamento do professor até hospitais, casas de apoio ou residências, seja em caráter temporário ou permanente. O especialista em psicologia da saúde e professor do Colégio da Polícia Militar Luís Tarquínio, Florisvaldo Rodrigues Abreu, afirma que o tema do encontro ainda é novidade entre os professores. “Esta forma de atendimento ainda é muito nova para nós. Veio num momento bom, importante, pois observamos que há um aumento da demanda”, pontuou.  

O professor, que integra o Núcleo de Orientação e Desenvolvimento Psicossocial da escola, afirma que os encontros do projeto têm sido uma forma de obter informações para aperfeiçoar as atividades diárias. “Eu vejo uma oportunidade de discussões do que já é resguardado por lei, de criar mecanismos para prática”, avaliou.

“Este é um tipo de atendimento educacional especializado diferente dos anteriores que já abordamos no Inclusão em Pauta. As classes hospitalares e domiciliares tratam de outro tipo de público, que são os estudantes que estão doentes, hospitalizados, impossibilitados de irem à escola”, mencionou a coordenadora de Inclusão e Diversidade do IAT, Verena de Sá Villas Bôas. A coordenadora acrescentou também que além da visibilidade ao tema, atividades como esta buscam garantir a continuidade dos estudos para estas pessoas.

Coordenadora pedagógica da rede municipal de Salvador, Márcia Pereira Martins Vale, concorda com esta afirmativa. “Nosso maior desafio é preparar os educadores e fazer com que as pessoas reconheçam esta necessidade. Precisamos garantir que o educando não fique estagnado”, disse. Nesse contexto, a professora Irami Lopes, explica que o atendimento é feito por profissionais especializados, observando as necessidades de cada educando e mantendo a continuidade do que o estudante teve na escola regular. “Nosso papel é compartilhar este trabalho das classes hospitalares, que apesar de não ser novo, ainda não é muito conhecido”, finalizou a professora.
 
Sobre o projeto
O Projeto Inclusão em Pauta integra a Formação Continuada dos Educadores, realizada pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), que integra a estrutura da Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC). Com objetivo de oferecer instrumentos pedagógicos da educação inclusiva para potencializar o processo de ensino aprendizagem, a atividade continua ao longo de 2019, com encontros mensais programados entre setembro e novembro.

 
 

Notícias Relacionadas