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De acordo com Alessandra Santana, coordenadora do Livro Didático e Biblioteca da Secretaria Estadual da Educação (SEC), a escolha dos livros pode ser realizada até o dia 17 de junho. “O  guia contém todas as obras aptas à escolha pelas escolas do Ensino Médio. As escolhas devem ser feitas através do Sistema Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Interativo. Os gestores devem acessar a chave de acesso no módulo "Escolha" e disponibilizar para os coordenadores pedagógicos e professores. Caso algum gestor ainda não tenha acesso ao sistema, precisa entrar em contato com a SEC para providenciar. O acesso ao sistema é feito com o CPF e senha do sistema do gestor e a escolha dos livros deve ser realizada a partir de uma reflexão coletiva entre os professores e coordenadores da unidade escolar”. 

 

Para Paula Ramos, diretora do Colégio Estadual Pinto de Aguiar, em Salvador, o processo de escolha virtual possibilita um debate entre os profissionais da Educação de forma autônoma e democrática, na busca de opções mais apropriadas a cada realidade regional.  “A escolha dos livros começa sempre nos momentos de AC (Atividade Complementar). Nesses encontros semanais, consolidamos diálogos entre profissionais de diversas áreas, que se reúnem para avaliar quais habilidades e competências são necessárias para cada série e os livros que se adequam à nossa realidade. Para isso, o exame regular das propostas das editoras e a troca de informações entre os professores têm dado certo”.

 

Grazy Pataxó, professora de Física do Colégio Estadual Indígena de Coroa Vermelha, em Santa Cruz Cabrália, que atua no Anexo Guaxuma, acredita na importância da escolha do material pelos profissionais com o intuito de construir mais possibilidades de alcançar os estudantes. “Os livros têm a intenção de ser uma ferramenta de formação para auxiliar o professor em sala de aula e, se não condiz com a realidade local, ele acaba sendo um peso de papel. É muito mais tranquilo um estudante Pataxó compreender, por exemplo, os movimentos retilíneo uniforme, força e aceleração quando mostramos como funcionam nos Jogos Indígenas do que quando mostramos imagens que não representam o seu dia a dia”.