II Feira de Ciências da Bahia e VII Feira Baiana de Matemática - cobertura

Durante os dias 27 e 28 de novembro de 2012, foi possível compartilhar conhecimentos científicos produzidos por estudantes e professores das redes municipal, estadual e federal de ensinos, e contemplar suas pesquisas e experimentos de grande relevância social.

Essas ações fizeram parte da 2ª Feira de Ciências da Bahia e a 7ª Feira Baiana de matemática, promovida pela Secretaria Estadual da Educação, em parceria com a Universidade do Estado da Bahia - UNEB, realizada no Passeio Público.

“Aposto na pesquisa como forma de quebramos o modelo tradicional de ensino e a II Feira de Ciências da Bahia já pode nos mostrar isso. Os professores têm relatado que os alunos que participaram na edição anterior estão mais atentos às aulas e mobilizando a participação de outros jovens. A quantidade de trabalhos realizados em cada unidade escolar também começa a aumentar e esse impacto é extremamente positivo”, destaca Rogério Lima, coordenador da II Feira de Ciências da Bahia.
Em sua 1ª edição, a Feira de Ciências da Bahia possibilitou a jovens baianos o contato com a pesquisa, a experimentação e a inovação como ferramentas no fortalecimento de práticas de estudo. Foram atendidos 144 municípios em todo o estado, e ofertadas 420 vagas com a participação de professores de 192 escolas. Esse ano, com a parceria realizada com a 7ª Feira Baiana de Matemática da UNEB, foi possível mobilizar um quantitativo de 150 trabalhos, 141 professores, 200 alunos e 70 escolas em 35 municípios de todo o Estado. A meta da Secretaria é dar continuidade aos cursos de formação, e possibilitar aos estudantes a divulgação de seus estudos, colocando a Bahia em posição de destaque no cenário nacional.

Participaram da cerimônia de premiação da 2ª Feira de Ciências o chefe de gabinete da Secretaria da Educação do Estado, Paulo Pontes, representando o secretário Osvaldo Barreto, a Superintendente do Desenvolvimento da Educação Básica, Amélia Maraux , a Diretora do Instituto Anísio Teixeira – IAT , Irene Cazorla, e, o Diretor de Formação e Experimentação Educacional do IAT, Jeudy Aragão.

Irene Cazorla, diretora do IAT, destacou a importância do incentivo a pesquisa na escola, durante a cerimônia de premiação da feira. “Eu queria que todos vocês, assim como encantaram ontem e hoje com seus trabalhos, voltassem a suas escolas e encantassem seus colegas, seus professores, e dissessem a eles que nós podemos sim mudar a história, que nós podemos sim ter uma escola de qualidade, nós podemos sim ver cientistas e médicos saindo da escola pública”, afirma Cazorla.

Foram premiados nove projetos nas categorias de ciências biológicas, engenharia, ciências humana.  Os terceiros colocados vão representar a Bahia na Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC  e ganharam um pen drive com a capacidade de 16 gigas. Os segundos colocados, vão representar a Bahia na Feira Ciência Jovem, que ocorre na cidade de Olinda- Pernambuco, e receberam tablet’s. Os primeiros colocados representarão a Bahia na Feira Brasileira de Ciência e Engenharia - FEBRACE, em São Paulo, ganharam tablet’s e receberão também bolsas de iniciação cientifica júnior.

Confira a relação dos projetos premiados na II Feira de Ciências da Bahia e VII Feira Baiana de Matemática.

A aluna Raiane Felix, do Colégio Estadual Isabel de Queiroz, localizado na cidade de Senhor do Bonfim - BA, que apresentou o trabalho intitulado de “Geoplano e suas aplicações para deficientes visuais”, conta da honra em poder participar da feira e ter o seu trabalho selecionado para mostrar que deficiência visual não é sinônimo de incapacidade. “Para mim é uma grande honra participar dessa Feira de Matemática. É importante também poder mostrar todo o nosso esforço em desenvolver um projeto que foi selecionado. É uma emoção muito grande e eu não tenho palavras para expressar o que eu estou sentindo neste momento. A gente prova para todo mundo que deficiência não é sinônimo de incapacidade, e que nós somos capazes de chegar aonde queremos, só precisamos lutar”, falou Raiane.

Sua professora, Érica Correia, que coordena o projeto Geoplano, explica que ele partiu da problemática de que o aluno com deficiência visual não acompanha os assuntos matemáticos dentro de uma sala com os alunos tidos como “normais”. “A gente fez uma pesquisa e achou um recurso didático, o geoplano, e, a partir dele começamos a trabalhar alguns conceitos com a nossa aluna. E agora estamos expondo esses conceitos aqui na feira, como a relação de Pitágoras, transformações geométricas, perímetro, área de figuras, razão, proporção entre outras”, disse Érica.

Para a coordenadora da VII Feira de Matemática, Alayde Ferreira, participar da feira é uma realização. “Como educadora, ver tudo o que a gente viu ontem e hoje aqui, essas carinhas felizes, esses alunos e professores batalhadores expondo aqui os seus trabalhos, as suas experiências socializando todo um trabalho que eles fazem com amor, carinho e muita dedicação é uma realização profissional”, concluiu Alayde.
 

 

 

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