IAT sedia ciclo de palestras em parceria com Museu de Arte Moderna

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Eugênio Afonso/IAT

O IAT sediou, no dia 19 de julho, como parte da programação da exposição Esquizópolis, que acontece até o dia 01 de setembro de 2013 no Museu de Arte Moderna da Bahia – MAM, o Ciclo de Conversa sobre a Cidade. O objetivo do projeto é criar um diálogo, em um formato de conversa pública, sobre as transformações urbanas da cidade e as relações que ela provoca.

Para debater com estudantes e professores da escola pública, estiveram no instituto a professora de arquitetura e urbanismo da Ufba, Ana Fernandes, o diretor geral do MAM, Marcelo Rezende, além de três moradores da região da Paralela – Daiane Oliveira, Rogério de Souza e Cristiano Píton -, já que o tema do debate foi a ocupação e a transformação da Paralela e seu entorno nos últimos anos.

A professora Ana Fernandes lembrou que Salvador está priorizando os loteamentos fechados em detrimento dos espaços públicos e com isso está construindo uma cidade cheia de fraturas sociais. “A questão da segurança, através dos muros que cercam as casas, já chegou aos projetos do governo. A ideia interessante de uma cidade onde haja convivência, pluralidade e surpresa está sendo destruída em função da insegurança”, observou Ana.

Para Cristiano Píton, que é artista plástico e professor da Ufba, o importante é sinalizar essas transformações e promover o diálogo através da provocação. Ao lado de alguns amigos, Píton criou uma imobiliária imaginária, a Coringa, e utiliza a publicidade para debater as questões da mobilidade oferecendo moradias utópicas sem nenhum critério de coesão e sustentabilidade. Seu grupo vem ocupando Salvador com intervenções urbanas sempre com o intuito de pontuar as transformações consideradas esquizofrênicas para a cidade.

Em seguida, outros participantes descreveram as dificuldades de mobilidade com o transporte público soteropolitano e as transformações que os bairros vêm sofrendo com esse crescimento desordenado que a cidade vive.

Esquizópolis - A exposição apresenta 17 obras premiadas nos Salões de Artes Visuais da Bahia 2012, que foram realizados nas cidades de Irecê, Jequié e Juazeiro, em diálogo com peças do acervo do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador. Como resultado, o conjunto aborda o crescimento desordenado de Salvador e da Bahia, a partir da convivência de formas de desenho urbano e arquitetônico das cidades.

 

 

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