Com tema voltado para as doenças endêmicas, os estudantes do Colégio Estadual de Aplicação Anísio Teixeira (CEAAT) desenvolvam experiências científicas para a Feira de Ciências na escola, que acontece nesta sexta-feira e sábado (18 e 19/09) na unidade escolar. Cerca de 600 unidades escolares e mais de 30 mil estudantes e professores participam das feiras escolares de ciências, que antecedem a 5ª Feira Ciências da Bahia (Feciba) e a 10ª Feira Baiana de Matemática.

“Cerca de 50 projetos serão apresentados nesses dois dias de feira. Escolhemos trabalhar com as doenças endêmicas, um tema bastante importante, já que os estudantes podem levar também as informações para a sua família e comunidade local. É tão significativo observar que os estudantes se desenvolvem, criam bastante no sentido de trazer pra nós as experiências, então à escola se torna um verdadeiro laboratório”, informou Reuvan Sodré, diretor do CEAAT.

A escolha da temática partiu dos próprios estudantes. “Nós levamos os alunos a campo, para que eles conheçam a realidade e os espaços mais propícios a doenças endêmicas, como barrancos, encostas, áreas sem saneamento. Depois buscamos informações e dados que pudessem subsidiar a pesquisa deles, e o resultado é esse, uma feira maravilhosa”, relatou à orientadora e professora de Biologia, Eliasir Costa.

“Eu aprendi muito através das pesquisas realizadas para a feira, nem imaginava, por exemplo, que a Leptospirose é uma bactéria e que seus sintomas são parecidos com a dengue”, disse a estudante do 2° ano do ensino médio, Michelle Santos. Já Luziane Fernandes, do 1° ano do ensino médio, acredita que a feira serve como intercâmbio de conhecimento. Ela e a sua equipe desenvolveram o projeto Barbeiro - transmissor da doença de chagas. “Para mim, a feira é uma troca. Eu aprendi durante a minha pesquisa e agora estou ensinando aos meus colegas”, explicou a estudante.

Feciba - Ação estruturante do programa Educar para a Transformar, a Feira de Ciências da Bahia (Feciba) busca estimular a relação de ensino e de aprendizagem, bem como fomentar o protagonismo dos estudantes na construção do seu conhecimento, por meio da pesquisa e experimentação. 

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Fotos: Roberta Rodrigues / Iat