Com o objetivo de socializar práticas e discussões sobre a modalidade de ensino Educação de Jovens e Adultos (EJA), a Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), iniciou, nesta segunda-feira (6), o Webinário Estadual da Educação de Jovens e Adultos da Bahia (AUÊJA), que abordou no primeiro dia o tema “Uma Educação plural para um sujeito diverso”. O evento, que segue até sexta-feira (10), acontece de forma on-line, no canal oficial da AUÊJA, no YouTube.

 

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A superintendente de Políticas para a Educação Básica, Manuelita Brito, que representou o secretário da Educação do Estado, Jerônimo Rodrigues, afirmou que o webinário faz a culminância do percurso da AUÊJA. “Os cursistas, professores e coordenadores que atuam na Educação de Jovens e Adultos na Bahia tiveram muita perseverança, pois foi mais um ano desafiador que a gente precisou reinventar a nossa prática pedagógica e o nosso planejamento, revisitar o modo como a gente vem fazendo Educação e como constrói o processo de ensino e aprendizagem”. 

 

A coordenadora da Educação de Jovens e Adultos, Isadora Sampaio, falou sobre a proposta da atividade. “O webinário foi planejado para que os nossos professores empoderem-se dessa contação de histórias que formam o alicerce da Educação de Jovens e Adultos que se dá no âmbito do diálogo e aprendemos isso extraordinariamente com um dos grandes mestres que neste ano completa o seu centenário, que é o nosso queridíssimo Paulo Freire. Falar de Educação, é falar de Paulo freire, das aprendizagens que ao longo da nossa formação a gente vai experimentando e vivenciando com cada um dos nossos alunos”.  

 

O diretor de Políticas Públicas da Fundação Santillana, André Lázaro, abordou o tema “Saberes para enfrentar a crise”. “A COVID-19 veio aprofundar uma crise na emergência climática que demonstra uma gravidade profunda do impacto do estilo de vida que a humanidade vem adotando no contexto ambiental. Há uma crise social muito grande no mundo que se deve a vários processos complexos, a exemplo da concentração de riqueza e da precarização das condições de trabalho. Há uma crise econômica, pois o mecanismo financeiro está desconectado da vida real. Há uma crise democrática, visto que a representatividade democrática no mundo está frágil; e há também uma crise de valores, pois há uma destruição no Brasil das condições da execução da Educação e uma desqualificação dos saberes constituídos ao longo de séculos e que hoje estão sistematizados na escola”, destacou. 

 

O encontro ainda contou com a participação do mestre e doutor em Educação, Jerry Adriani da Silva, que fez uma explanação sobre “Os desafios da EJA no século XXI”.