Programa Saúde do Professor alerta sobre riscos da automedicação

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Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação




 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


Você conhece os riscos da automedicação? Sabe o que um remédio aparentemente inofensivo pode causar? É com na perspectiva de alertar os profissionais de educação sobre riscos do uso indiscriminado de remédios, que a Secretaria da Educação do Estado da Bahia colocou o tema na pauta do Programa Saúde do Professor. O programa visa à prevenção e promoção à saúde dos professores e realiza atividades nas escolas a exemplo de oficinas, palestras e, também, o atendimento presencial no SAC Educação, com apoio de profissionais das áreas da Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Serviço Social e Psicologia.

Durante atividade alusiva ao Dia do Psicólogo, nesta quinta-feira (27), no auditório da Secretaria, no Centro Administrativo (CAB), em Salvador, a psicóloga, Ariane de Oliveira, falou sobre medicalização no trabalho. Ela destacou que o uso contínuo de medicamentos de tarja preta, por exemplo, pode causar uma série de efeitos colaterais, incluindo o vício, levando a uma dependência maior. A psicóloga também reforça a importância do acompanhamento do bem-estar dos docentes: “É essencial que se escute o que o professor tem a falar, dentro de um contexto específico, para trabalhar suas demandas na medida do que for possível”.

Para a professora de Atendimento Educacional Especializado, Maria Regina dos Santos, esta iniciativa do programa é fundamental. “Temos a oportunidade de receber orientações especializadas e compartilhar informações que nos ajudam no dia a dia”, declarou.

"É preciso ter essa conscientização do uso correto do medicamento e sempre buscar orientação médica”, Maria Regina Borges

Segundo Maria Regina Borges, coordenadora do Programa Saúde do Professor, a medicalização envolve muito mais do que o consumo do remédio, mas, sim, questões sociais, políticas e históricas. “Muitas vezes as pessoas utilizam um remédio e, por conter contraindicações, acaba mascarando uma doença ou um problema maior. É preciso ter essa conscientização do uso correto do medicamento e sempre buscar orientação médica”, afirmou. Ela acrescentou que 76,7% dos homens e 75,1% das mulheres no Brasil fazem o uso de medicamentos sem prescrição médica ou sem instrução de um farmacêutico, conforme o Instituto de Pesquisa e Pós-graduação do Mercado Farmacêutico (ICTQ).

Atendimento
Desde que foi lançado, em 2009, o programa já atendeu, gratuitamente, mais de 34 mil professores, de 288 escolas de Salvador, Lauro de Freitas, Simões Filho e Camaçari, nas áreas da Fisioterapia, Fonoaudiologia, Nutrição, Serviço Social e Psicologia. Só em 2014, foram mais de 13 mil atendimentos. Os atendimentos podem ser agendados pelo telefone (71) 3117-1434 ou pessoalmente no SAC Educação, das 8h às 16h.

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