Professores indígenas participam de formação continuada em Paulo Afonso

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Fotos: divulgação
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia (SEC) iniciou, nesta segunda-feira (26), em Paulo Afonso (459 km de Salvador), mais uma formação continuada. Desta vez, a atividade foi dirigida para 187 professores de escolas localizadas nos municípios de Rodelas, Paulo Afonso, Banzaê, Euclides da Cunha, Abaré, Curaçá e Glória, contemplando as 16 etnias, dentre elas, Tuxá Aldeia Mãe, Xucuru kariri e Kaimbé. 
 
O curso, que segue até sexta-feira (30), na Escola de Formação Técnica Josefa Gomes, também contemplará professores das redes municipais por conta do regime de colaboração da SEC com os municípios.
 
As aulas estão sendo administradas por nove educadores da Fundação Getúlio Vargas (FGV), inclusive indígenas de etnias como Guarani, Tupinambá e Pataxó, e acontecerá em três módulos. Os planos de curso são organizados por áreas de conhecimento da matriz diferenciada, considerando os conteúdos das áreas específicas e a metodologia de trabalho no contexto da Educação Escolar Indígena.
 
O coordenador estadual de Educação Escolar Indígena, José Carlos Magalhães, falou da importância da formação. “A oferta desta atividade tem em vista uma formação fundamentada no fortalecimento do pertencimento étnico e na valorização dos conhecimentos tradicionais e suas visões de mundo. A prática pedagógica deve ser referenciada em princípios que permitam aos professores indígenas pensar o currículo a partir da lógica do diálogo entre os seus saberes e os saberes legitimados historicamente pela cultura escolar, na perspectiva de garantir o direito a uma escola específica e diferenciada, multicultural e comunitária”, afirmou.
 
A professora e cacique Antônia Tuxá, que ensina na Escola Estadual Indígena Capitão Francisco Rodelas, no município de Rodelas, disse que está gostando muito da formação. “A formação consiste em momentos de troca de experiências com professores de diferentes etnias, na qual estamos discutindo metodologias e práticas pedagógicas, ou seja, a educação que queremos nas nossas aldeias”, disse a educadora.

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