Professores indígenas chegam à oitava etapa do curso de Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cerca de 100 professores indígenas participam, até o dia 31/01, do curso de Licenciatura Intercultural em Educação Escolar Indígena, realizado pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador. Esta é a oitava etapa do curso, que busca formar professores para a construção de uma educação escolar específica e diferenciada para os povos indígenas, garantindo aos estudantes um ensino de qualidade, com resgate da cultura e das tradições indígenas.
 
De acordo com o coordenador de licenciaturas da Uneb, Marcos Luciano Lopes, outras duas etapas ainda serão realizadas para a conclusão da formação. "Nossa expectativa é que esta primeira turma seja formada até julho e que estes professores possam estar em sala de aula, contribuindo de fato, para a melhoria da qualidade da educação escolar indígena", afirmou. "A realização deste curso é fruto de um sonho de autonomia pedagógica e intelectual dos povos indígenas no sentido de garantir uma educação que contemple as especificidades culturais de suas histórias e comunidades"completou
 
Paulo Alfredo Rocha, professor formador, lembra que a formação trabalha todas as áreas do conhecimento e que, toda a metodologia utilizada, a exemplo da linguagem, método e formatação de ensino, é diferenciada e elaborada especialmente para os professores indígenas. “O nosso papel aqui é promover um diálogo entre esses saberes mais elaborados e produzir o que nós consideramos que eles já trazem por experiência própria. O que a gente pretende aqui, na verdade, é uma resignificação daquilo que já se sabe e tem um objetivo prático e vivencial”, explicou Paulo.
 
De etnia Tupinambá, a professora Cristiane Soares comemora a proximidade do término d formação e já acumula bons resultados. “Nossa expectativa com a formação é que possamos multiplicar o conhecimento e as experiências para melhor atender aos estudantes indígenas. Acredito que já temos um resultado positivo ao longo do curso e certamente isso vai refletir nas escolas da nossa comunidade”, declarou a professora do município Buerarema, na aldeia da Serra do Padeiro.
 

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