Com uma oficina sobre Educação Midiática ministrada pela coordenadora de Conteúdo do Instituto Palavra Aberta, Daniela Machado, 82 professores do projeto Agência de Notícias na Escola deram início, nesta manhã (12), a uma experiência imersiva que irá instrumentalizá-los para conseguir extrair o máximo do projeto e das agências de notícias nas suas unidades escolares. 

 

A ação formativa tem carga horária de 16h, está sendo realizada em parceria com o Instituto Palavra Aberta e tem como objetivo promover uma ampla discussão sobre como os professores podem produzir pautas e conteúdos com os alunos e como podem ajudá-los a explorar as linguagens midiáticas para além dos vídeos.

 

A coordenadora de Conteúdo do Instituto Palavra Aberta discorreu sobre os direitos e deveres do cidadão conectado, a necessidade de filtrar a informação, os impactos, a longo prazo, da educação midiática, a desinformação e sobre a educação midiática enquanto base do pensamento crítico.

 

“A educação midiática é uma área que procura desenvolver nos estudantes as habilidades necessárias para ler mais criticamente as informações, mas também saber produzir conteúdo com mais responsabilidade e assim participar com mais força da nossa sociedade tão conectada. A gente entende que isso é um direito de toda a sociedade”, afirmou a jornalista Daniela Machado.

 

A jornalista elogiou o projeto Agência de Notícias na Escola e destacou a importância de uma educação de qualidade para a tomada de decisões. “Adorei o convite. Fico muito feliz de ver este trabalho de construção de agências de notícias com os estudantes, ver como vocês estão conseguindo construir este diálogo, esta reflexão tão necessária sobre temas importantíssimos e com os quais a gente lida todos os dias. Ver estes garotos interessados em falar de jornalismo para mim é muito importante. Parabéns pela iniciativa!”, confessou.

 

Ainda na tarde desta quinta-feira, os professores do Agências de Notícias participaram de uma roda de conversa com a jornalista Hilcélia Falcão, que falou sobre o fazer jornalístico, o compromisso com a notícia e a veracidade dos fatos, a produção de conteúdo e a disseminação do conhecimento.

 

A convidada afirmou que a notícia é o resultado de um processo criterioso de produção. “Ou você tem um critério muito refinado e faz uma seleção bem criteriosa, baseada na relevância, a partir de quem é o seu público, ou você vai sair atirando para todos os lados e vai produzir um conteúdo insatisfatório”, alertou.

 

Hilcélia Falcão destacou também o quão importante é os professores utilizarem as agências de notícias como instrumento pedagógico e de aprendizagem e de fazer delas uma ferramenta para tornar mais lúdico o aprendizado dos estudantes.

 

“Estabelecendo rotinas a gente consegue produzir um conteúdo melhor. Vocês podem, por exemplo, trazer conteúdos pedagógicos para a sala de aula, a partir de assuntos que são interessantes para os alunos. É interessante que vocês tenham sempre em mente que a agência de notícias é um instrumento importante, relevante, e que pode gerar novos conhecimentos para os estudantes. Porque, por exemplo, ao escrever a notícia eles vão estar exercitando o português. Se forem falar de um tema relacionado à Biologia, vão ter que pesquisar, se preparar para tirar as melhores informações das suas fontes e assim sucessivamente”, sugeriu.

 

Os professores assistiram também a uma exposição dialogada sobre os desafios da produção de notícias e sobre como eles podem contribuir na produção e orientação das pautas, com a coordenadora pedagógica do Programa A Tarde Educação, Márcia Teixeira Firmino, e a coordenadora de projetos especiais do Jornal A Tarde, Berta Cunha.

 

O dia de trabalho foi encerrado com uma oficina de Audiovisual ministrada pela equipe da Diretoria de Inovação e Tecnologia do IAT.

 

Amanhã eles participarão de oficinas de Texto e Escrita, Podcast na Educação e Fotografia também com a equipe do IAT.