Professora Conceição Lima faz da sala de aula um ateliê do conhecimento

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Foto: Suâmi Dias - Ascom/Educação

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 


A audição, o olfato, o tato e a visão e até o paladar fazem todo o sentido nas aulas da professora Conceição Lima, de Arte, do Colégio Estadual Severino Vieira, no Bairro de Nazaré, em Salvador. Muitas vezes ela transforma a sala de aula em ateliê, fazendo com que os estudantes coloquem a “mão na massa”. Utiliza como instrumento da educação a fotografia, desenhos, pinturas, vídeos, dança e música, cinema e visitas a museus. Com isso, a professora tem despertado nos seus alunos um interesse maior pelos estudos e tem conquistado o carinho e o reconhecimento.

É o que conta a estudante Isabela da Silva Cruz, 15 anos, do 9º ano. “Conceição é como uma mãe para os estudantes. Ela cria todos estes trabalhos que nos dão a oportunidade de aprender fora da sala de aula. Gostei muito quando fomos participar de oficinas na Escola Parque, além da exposição de fotos produzidas pela gente, no Museu Solar Ferrão, no Pelourinho. Então, tudo isso mudou nosso conceito de ensino na escola”.

"Cada indivíduo tem suas especificidades e por isso temos que ter um olhar diferenciado", professora Conceição


Para o estudante Cristian Gabriel Chagas, 15, também do 9º ano, ir para a escola ganhou um novo sentido com as aulas da professora. “Hoje, com toda a tecnologia, os professores têm que estar mais antenados e trazerem formas diferentes de aprendizagem. E com a professora realizamos pesquisas que depois são vivenciadas no nosso dia a dia”. É o que também pensa o estudante do 8º ano, Jeferson Evangelista. “Essas ideias, além de nos incentivar na escola, nos motiva a procurar por conta própria outras atividades para nossa aprendizagem.”

Um dos projetos de destaques no colégio é a confecção de máscaras africanas para contribuir com a autoestima e reconhecimento da identidade étnico-racial dos alunos. Outro trabalho de destaque foi a exposição de fotografia dos alunos sobre o bairro onde moram, resgatando a cultura e história do lugar.

 

Foto: SuÇâmi Dias - Ascom/Educação

Com 30 anos de experiência em sala de aula, a professora Conceição Lima é uma entusiasta. “Eu introduzo na aprendizagem, a necessidade do estudante, questiono as artes dentro do seu cotidiano. Cada indivíduo tem suas especificidades e por isso temos que ter um olhar diferenciado, além do padrão curricular”, afirma.

Ela também é generosa. “Quando vamos a atividades externas, sempre tenho o cuidado de contar histórias e curiosidades sobre os locais que frequentamos e obviamente ouvi-los também. O professor tem que entender que somos simplesmente aqueles que estendem a mão para o aluno engrenar. Não estou aqui para jogar o saber neles. Eu estou aqui para trabalhar o saber para que se torne conhecimento”, relata, ressaltando o amor pela profissão que escolheu. “Eu acredito na Educação, e não tem algo mais significativo que ver no olhar do aluno sua satisfação quando percebe e entende algo que ele não conseguia anteriormente. Precisamos valorizar o olhar do estudante, sua sensibilidade, fomentar o seu trabalho criativo e participação”.

 

>> Assista ao vídeo e saiba mais sobre o trabalho desenvolvido pela professora Conceição

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