Professor usa esporte para mudar realidade dos estudantes

Palavras-chave:
Fotos: acervo pessoal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Inquieto com o baixo rendimento de alguns estudantes e disposto a mudar esta realidade, o professor Rui Cesar Cerqueira, diretor do Colégio Estadual Barros Barreto, localizado no Subúrbio Ferroviário de Salvador, e faixa-preta de Karatê, criou, em 2000, o projeto Arte – Educação: o Karatê na Escola. O projeto, que inicialmente contou com a participação de 16 estudantes, cresceu e hoje vem contribuindo para a formação cidadã dos estudantes da unidade e de pessoas da comunidade. Rui é um dos homenageados no mês em que se celebra o Dia do Professor (15 de outubro).

 
Através das artes marciais o gestor está conseguindo, durante esses 16 anos de atuação do projeto, a inclusão social por meio do esporte, além do bom desempenho escolar dos estudantes. As aulas são realizadas de segunda a sexta-feira, na própria unidade escolar e, cada vez mais, vem ganhando participantes da comunidade do bairro de Paripe. As atividades também são abertas para portadores de necessidades especiais, como cadeirantes e autistas.
 
Cristian dos Santos, 18, do 3º ano do Ensino Médio, conta da admiração que tem pelo professor e de como o esporte mudou a sua vida. “Depois que comecei a praticar o karatê, a minha vida se transformou. Tornei-me mais disciplinado, dedicado aos estudos, mais parceiro dos meus colegas de classe. Até a relação com a minha família está melhor. Karatê para mim é uma filosofia de vida, e o professor Rui é um grande incentivador e amigo de todos nós. Só tenho a agradecer a ele por esta iniciativa”, declara.
 
O ex-aluno do colégio e faixa preta, Heraldo Gonçalves, 41 anos, participante do projeto desde 2002, ajuda outros jovens a acreditarem nos seus sonhos. “O projeto representa um poder de transformação na minha vida, pois contribuiu muito para a minha formação enquanto cidadão. Quero muito essa mudança na vida dos meus colegas”, revela o atleta.
 
Além das aulas de karatê, são realizados momentos de discussão em grupo sobre valores como caráter, solidariedade e respeito. “Peço para ver os boletins, quero saber como está o desempenho escolar de cada um, a relação com os outros professores, em casa e na comunidade. É uma troca de energia muito boa e os resultados estão me deixando satisfeito. A minha proposta é torná-los melhores a cada dia”, comemora o professor Rui César. 

Notícias Relacionadas