Sabe aquele professor que adora tecnologia? O professor Paulo Passos é bem assim. De olho no celular e nos jovens do Colégio Estadual Kleber Pacheco, em Pernambués, em Salvador, ele resolveu investir nas tecnologias digitais e passou a utilizar o aparelho celular como ferramenta complementar das atividades em sala de aula. Mas o que parecia fácil para esta geração hi-tech, foi também um exercício de paciência e persistência, pois nem todos os estudantes gostaram da ideia. A insistência valeu a pena e hoje as aulas de geografia são mais dinâmicas e divertidas. 

 

“Eu preparo minhas aulas em Power Point, apresento em sala de aula e transmito o que expliquei via bluetooth. Além disso, eles usam a internet para buscar informações complementares sobre o assunto, em sites indicados por mim. Utilizo as mais diversas plataformas”, explicou o professor. “Os estudantes não consideravam a possibilidade de uma boa aula além do que é escrito no quadro, como em livros e apostilas digitais. Hoje, o uso do celular é um atrativo a mais para eles, a frequência é grande nas aulas”, comemora.

 

 

Um dos resistentes da prática pedagógica desenvolvida pelo professor, o estudante José Lima dos Santos, do Eixo 6 da Educação de Jovens e Adultos (EJA), reconhece a contribuição que a iniciativa tem dado. “Valeu a pena ele ter insistido, porque hoje a gente usa o celular para tudo. Ele mostrou que o celular pode ser usado para mais funções do que whatsapp e facebook”, declarou.

 

Exemplo de que vale a pena insistir em novas ferramentas que contribuem para a melhoria da educação, o projeto do professor Paulo tem o apoio da direção do colégio, que já incluiu a proposta na pauta da jornada pedagógica de 2016 da unidade escolar. “A gente incentiva essa ação na nossa escola, o professor conta com nosso apoio, tanto que será uma das pautas da próxima jornada pedagógica. Acredito que o uso da tecnologia faz parte do futuro da educação”, declarou o vice-diretor e diretor interino, Edmilson Gama.