Professor apresenta em Recife experiências sobre o ensino da história e da cultura afro-brasileira

As atividades desenvolvidas no Colégio Estadual Professor Edgard Santos, no município de Governador Mangabeira (119 km de Salvador), sobre o ensino da história e da cultura afro-brasileira foram apresentadas no 30º Simpósio Nacional de História, realizado nesta semana, na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), em Recife (PE). O simpósio envolveu professores, estudantes e pesquisadores de História, de diferentes regiões do país, com o objetivo de compartilhar experiências vivenciadas no processo de produção do conhecimento histórico e discutir os grandes desafios impostos ao campo na atualidade.
 
Durante o evento, o professor Luís Carlos Borges discorreu sobre o artigo intitulado ‘Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana: atividades desenvolvidas no Colégio Estadual Professor Edgard Santos – CEPES (2014-2018)’. O artigo apresentado teve como inspiração as atividades realizadas na unidade escolar em torno do projeto da Consciência Negra. “O artigo é uma síntese dos projetos elaborados no decorrer de quatro anos. O objetivo é divulgar a produção dessas iniciativas com afirmação da lei 10.639/03 e da valorização da história do povo negro no Brasil, além de enfatizar como a escola pública tem se preocupado com essas temáticas e fomentando a pesquisa no estudante”, explicou o professor.
 
O professor Borges conta que o projeto é interdisciplinar. “A cada ano realizamos uma atividade no terceiro trimestre para celebrar o dia da Consciência Negra. E este é um projeto interdisciplinar, pois envolve todos os professores do colégio. Acontece da seguinte forma: escolhemos um tema central na perspectiva da história afro-brasileira e, a partir daí, são desenvolvidos subtemas e trabalhados pelas turmas. Ao longo do trimestre, realizamos seminários e executamos atividades. No dia da Consciência Negra, 20 de Novembro, acontece a culminância com apresentações lúdicas e até desfile da beleza afro”, relatou.
 
Para além do projeto, o professor Luís Carlos incentiva os estudantes a promoverem atividades voltadas à cultura afro ao longo do ano. “O nosso objetivo é demonstrar que a escola pública produz conhecimento e, também, a efetivação da Lei 10.639/2003, que inclui no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática da história e cultura afro-brasileira”, revelou o professor, ao comemorar a participação no 30º Simpósio Nacional de História. “O Simpósio foi muito produtivo e cheio de coisas boas. Fiquei impressionado com a qualidade das produções e é um momento de grande aprendizado, com muito conhecimento e troca de experiências”.

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