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A paixão pelo Karatê-Dô fez do professor Rui César Cerqueira um entusiasta do esporte
Partindo da concepção de que uma boa conversa pode resolver qualquer problema, foi que o professor Rui César Cerqueira, do Colégio Estadual Barros Barreto (Cebb), do bairro de Paripe, Subúrbio Ferroviário de Salvador, resolveu implantar o projeto Arte Educação – Karatê-Dô. A iniciativa alia a prática do Karatê-Dô e a conversação em grupo para enfatizar valores como caráter, solidariedade, persistência, fé e comunhão. O resultado disto tem sido a melhora no desempenho escolar dos estudantes envolvidos e uma maior integração entre escola e a comunidade do bairro, pois o projeto, realizado há 15 anos, também beneficia moradores de Paripe.
"O projeto não está focado apenas na formação de atletas, mas na formação humana", professor Rui César
“O karatê é um esporte que vem acompanhado de uma filosofia de vida que incentiva o controle da ansiedade e a preparação para resolver problemas e cultivar valores. O projeto não está focado apenas na formação de atletas, mas na formação humana e inclusão social através dos esportes”, explica o professor Rui César.
Cadeirante, o estudante Adailton Meneses comemora a participação no projeto. “A atenção e o cuidado do professor com os alunos do projeto foi o diferencial. O meu rendimento escolar melhorou muito depois das aulas de Karatê. Eu não conseguia prestar atenção nos assuntos no momento da aula, e com a prática do Karatê, eu passei a me concentrar melhor. Melhorei também a minha locomoção e movimentos”.
Gleice Ferreira começou a praticar o Karatê-Dô quando estudava na escola. Mesmo depois de que saiu, continuou a participar do projeto. “Faço parte do projeto há 10 anos e depois que eu entrei no Karatê a minha vida mudou. O esporte e o incentivo de professor Rui para os estudos me ajudaram a ser pessoa melhor”, afirma.
Relatos como o de Adailton e Gleice fizeram com que o projeto crescesse. Em 2000, quando foi iniciado, o Arte-Educação – Karatê-Do na Escola contava com 16 alunos. Hoje beneficia mais de 60 pessoas, entre elas, jovens com necessidades especiais. “O aumento da procura pelo projeto demonstra o quanto o trabalho tem sido reconhecido e tem surtido efeito na melhoria do desempenho acadêmico e pessoal dos estudantes”, celebra o professor Rui César.
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