Mais de 500 educadores indígenas da rede estadual participam do Fórum de Educação Inclusiva, em Banzaê

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Fotos: Adriele Barbosa
Mais de 500 educadores de colégios estaduais indígenas, além de lideranças de 30 etnias, de diferentes municípios, como Ilhéus, Porto Seguro e Prado, participam, nesta terça-feira (29), do IV Fórum de Educação Inclusiva dos Povos Indígenas da Bahia (FEIPIB), que segue até 1º de setembro, na Aldeia Cajazeiras, do povo Kiriri, no município de Banzaê. O fórum, que é apoiado pela Secretaria da Educação do Estado (SEC), visa discutir políticas públicas voltadas à oferta da Educação Básica intercultural nas escolas indígenas, em diálogo com os projetos societários e identitários de suas comunidades, com elaboração de ações voltadas para estudantes indígenas com necessidades especiais. A rede estadual de ensino possui, atualmente, 6.926 estudantes indígenas matriculados em 68 unidades escolares. 
 
O coordenador de Educação Escolar Indígena da SEC, Jeferson Pataxó, ressaltou a importância da atividade para a garantia de direitos dos povos indígenas. “A realização do fórum se soma a uma série de iniciativas da SEC para garantir os direitos dos povos indígenas, respeitando suas especificidades, o ensino bilíngue, intercultural, comunitário e de qualidade. Com o IV FEIPIB, avançamos na discussão e construção de uma política pública educacional ainda mais inclusiva, garantindo os direitos dos indígenas com deficiências, transtornos globais de desenvolvimento e altas habilidades/superdotação”.
 
Segundo a coordenadora do fórum, Edilene Kiriri, a realização do fórum tem o objetivo de proporcionar o debate sobre a inclusão, a igualdade e a garantia de direitos. “Essa construção coletiva é fundamental para fortalecer a identidade e a socialização, ressaltando que todos temos potencialidades, independentemente das condições físicas ou cognitivas. Não temos espaços para diferenças, mas temos perspectivas para igualdades”, salientou. 
 
A atividade também funciona como uma formação para os professores indígenas, que participam de grupos de discussões e de palestras sobre várias temáticas, como “Vivências e experiências no contexto da inclusão”; “Políticas públicas e garantia de direitos para as pessoas com deficiência”; “Educação escolar indígena: avanços e perspectivas”; “Educação bilíngue, Libras e Línguas Indígenas de Sinais”; e “Inclusão no currículo da Educação Básica.

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