Mais uma turma de 189 professores tutores que atuam nas turmas de Regime de Progressão Parcial (RPP) das unidades escolares baianas participou, nos dias 29 e 30 de julho, no Instituto Anísio Teixeira, da formação continuada promovida pela Secretaria da Educação do Estado (SEC) para discutir temas relacionados ao Projeto Sucesso Escolar. Esta, que foi a terceira turma da formação em RPP, contou com educadores do NTE 05, NTE 08, NTE 20 e NTE 26.

 

Na oportunidade, os professores tutores dialogaram sobre estratégias para gestão, recuperação e recomposição das aprendizagens dos estudantes da rede pública estadual de ensino. Eles assistiram a apresentações sobre o RPP enquanto direito do estudante e sobre atribuições e experiências do professor tutor, tiveram acesso a práticas pedagógicas adotadas por outros países para lidar com a defasagem da aprendizagem e debateram sobre pontos principais das Portarias 190 e 195. Eles conhecerem também a Plataforma Plural e participaram de oficinas onde fizeram estudo de casos fictícios sobre os eixos Monitoramento, Busca Ativa, Engajamento e Avaliação e elaboraram um Plano de Trabalho.

 

“RPP para nós é lugar de recompor a aprendizagem. Quando a gente traz vocês aqui para uma formação, um diálogo, uma troca, é porque a gente compreende que esta é uma pauta estratégica, rudimentar, necessária e que, apesar dos pesares, a gente precisa cuidar dela”, afirmou a superintendente de Políticas para a Educação Básica da Secretaria da Educação, Rosilene Cavalcante.

 

A gestora agradeceu o compromisso, dedicação e entrega dos professores tutores e esclareceu que o RPP precisa acontecer este ano desta maneira, mas que ele não pode ser uma rotina, precisa ser de fato o que a lei pauta, uma excepcionalidade, uma condição. “A rotina nossa é o aluno aprender, ter uma avaliação contendo todas as possibilidades e dimensões e que ele aprenda o suficiente para que consiga avançar no percurso do seu tempo de três anos no ensino médio, ou então no fundamental.

 

“Foi maravilhoso, bastante esclarecedor. A equipe está de parabéns. Fez com que o curso fosse leve. Teve um momento de palestra, mas também teve muita prática. Tiramos bastante dúvidas. Vai nos fazer voltar para o nosso ambiente de trabalho com um novo olhar e passar para os nossos colegas e nossos alunos o que realmente é o RPP, quanta demanda tem e quanta responsabilidade temos que ter em relação a este projeto, que veio para ajudar estes alunos que estão precisando de apoio e para recompor a aprendizagem”, declarou a professora do Colégio da Polícia Militar de Itabuna (NTE 05), Karine Nô.

 

“Estou gostando muito. Foram dois dias de muito aprendizado e conhecimento. Espero levar tudo isso para os nossos alunos e contribuir de forma muito positiva para a formação de cada um deles”, contou o professor do Colégio Estadual Zuleide Freire de Abreu, em Jacaraci (NTE 20), Caio Matos Saraiva.

 

A formação

 

A formação, que possui formato híbrido, carga horária de 80 horas e é embasada na Pedagogia Histórico Crítica, como propõe o Documento Curricular Referencial da Bahia (DCRB), é dividida em 04 módulos nos quais serão trabalhados os temas ‘Direito à educação, acesso e permanência na educação básica’, ‘Avaliação para a aprendizagem, aprovação e reprovação - reflexões sobre o papel da escola’, ‘Acompanhamento das aprendizagens’ e ‘Indicadores educacionais’.

 

As atividades presenciais ocorrem em polos organizados por critérios de proximidade entre territórios e quantitativos de profissionais. Já as atividades on-line (64 horas) serão realizadas na Plataforma Colaborativus.