Formadores e articuladores pedagógicos do Plano de Formação Continuada Territorial da Secretaria de Educação do Estado da Bahia, que atuam com coordenadores pedagógicos e gestores escolares, estiveram reunidos em mais um ciclo de formação sob consultoria do Instituto Vera Cruz (IVC) nesta sexta,10/6 e no último dia 4. A parceria do IVC com o programa, conduzido pelo Instituto Anísio Teixeira (IAT), chega ao quinto encontro em ciências da natureza e ciências humanas, áreas do conhecimento incluídas este ano na consultoria. Sob a orientação de Felipe Baldoni e Kátia Henrique, na área de ciências da natureza, e Daniel Helene e Marcelo Faria, na área de ciências humanas, os formadores vêm ampliando seu conhecimento didático-pedagógico nestas áreas e, por consequência, potencializando os repertórios dos educadores participantes.

 

Dentre as diversas atividades promovidas nos encontros, o trabalho com as pautas formativas e a interdisciplinaridade vem sendo um diferencial. O olhar cuidadoso para estas duas importantes áreas do conhecimento está dentro de uma proposta que pretende reavaliar a relação pedagógica que embasa a forma de ensinar e aprender nas ciências. “Ao avaliar a aprendizagem do aluno, a minha ‘ensinagem’ também está sendo avaliada”, alertou Daniel Helene, no encontro ocorrido em 10/6.

 

Para o consultor, uma das perguntas centrais busca entender como cada aluno se apropria dos conhecimentos e vai além, pretende descobrir como é possível ajudar o estudante a mudar as formas de pensar a partir de conhecimentos de referência entre as diversas versões sobre acontecimentos e fatos, neste caso especificamente os históricos, mas sem se resumir a isso. “Como aquilo que ele produziu nos dá subsídios para entender como esse aluno está se apropriando dos conhecimentos?”, provocou. 

 

Os educadores analisaram produções de estudantes originadas em uma sequência didática em que foi solicitado que escrevessem sobre as origens do Brasil. As suas produções, na íntegra, embasaram uma intensa discussão sobre a importância da valorização da autoria dos alunos e da sua análise pelo professor para que possa ir encontrando caminhos para o trabalho com eles. “Essa atividade convoca os alunos  a realizarem uma produção autoral. Ele tem autoria sobre a explicação que está construindo e isso é altamente desafiador. Portanto, antes de mais nada, precisamos valorizar aquilo que ele foi capaz de produzir”, completou Daniel. 

 

Nos encontros de ciências da natureza, os textos também foram tema central. Os consultores trouxeram, como objetivo, a análise de propostas didáticas envolvendo textos para reconhecer o papel da leitura em ciências da natureza. Potencializando esta vertente, os educadores também foram provocados a ampliar o repertório de gêneros textuais a serem trabalhados nessa área, explicitando o caráter de interdisciplinaridade e a preocupação em assumir a leitura e produção textual como compromisso de todas as áreas do conhecimento.

 

Sobre o Plano de Formação Continuada Territorial 

 

A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira realiza a Formação Continuada para Gestores Escolares, Coordenadores Pedagógicos das redes municipais e Estadual, além das Equipes Técnicas das Secretarias Municipais de Educação e dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE). A ação, que conta com o apoio da União dos Municípios da Bahia (UPB), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e parceria do Itaú Social, tem foco nos profissionais que atuam nos períodos do 6º ao 9º ano e no Ensino Médio. A formação reúne mais de 9 mil educadores e técnicos de todos os municípios dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.