Formatura dos jovens do Protejo - cobertura

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Alegria e gratidão. Esse era o sentimento dos jovens que se formaram no Programa de Proteção a Jovens em Território de Vulnerabilidade (Protejo). O evento de entrega dos certificados ocorreu no dia 31 de agosto de 2011,  na Casa do Comércio, e contou com diversas autoridades e  apresentações musicais.

Inclusão- O Protejo é uma das ações do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - Pronasci,  do Ministério da Justiça e, na Bahia, foi desenvolvido pela Secretaria Estadual da Educação, através do Instituto Anísio Teixeira. Ele é destinado à formação e inclusão social de jovens e adolescentes expostos à violência doméstica ou urbana ou em situações de abandono. Sua metodologia é o uso das linguagens artísticas, culturais, educacionais e esportivas como principal instrumento de comunicação, desenvolvida por uma equipe multidisciplinar que  proporciona aos jovens  um ambiente de convivência pacífica e saudável nas suas comunidades.

Um de seus aspectos é a emancipação juvenil através da reintegração do jovem a um percurso social formativo que lhe garanta a oportunidade de acessar a educação e o trabalho. Na Bahia, ele foi aplicado  nos  territórios de Itinga, Camaçari, Simões Filho, Tancredo Neves e São Cristóvão - estes dois últimos, bairros de Salvador - e é parte integrante das estratégias para a criação de Territórios de Paz nos municípios atendidos.

Neri da Costa, coordenador nacional do Protejo, esteve na cerimônia e aproveitou para transmitir uma mensagem. “A vida é feita de oportunidades e escolhas. Vocês tiveram a oportunidade de conhecer e reconhecer o Protejo. Essa escolha os diferenciaram e os fizeram corajosos, decididos, engajados. Colocaram vocês, certamente, em posição diferenciada de tantos outros jovens do mesmo território que vivem e convivem”, falou Neri.

A assessora especial do Instituto Anísio Teixeira, e representante da Secretaria Estadual da Educação no evento, Eurivalda Santana, ressaltou a importância desse projeto. “Para nós, do Instituto Anísio Teixeira, é uma honra ter essa parceria com o Pronasci e ter desenvolvido esse trabalho. Temos muitos jovens que conseguiram fazer a sua escolha, mudar o seu destino, o seu cotidiano diante da mão estendida que lhe foi dada” disse Eurivalda.

Nessa perspectiva, Rosa Borges, coordenadora executiva do Protejo na Bahia, afirmou que o projeto salva vidas, no sentido de “dar oportunidade a quem não tem oportunidade”. Para ela, foi um desafio muito grande e difícil coordenar o Protejo. “Tudo que é novo assusta e exige um pouco mais de esforço. E para trabalhar em um projeto social você não pode ser apenas um trabalhador comum, você tem que ter, acima de tudo, o compromisso e o ideal. Tem que querer transformar a realidade” disse Rosa.

Preocupado com a continuidade da formação social desses jovens, Sergio Trad, integrante do comitê do Pronasci na Bahia, revelou que “está em diálogo com o governo do Estado para ver se consegue inserir os jovens do Protejo nos projetos e ações que vão ocorrer para a copa do mundo”.

Conquistas- Jéssica Santos Ferreira, uma das jovens do território de Itinga, agradeceu por ter passado pelo projeto, pois, além do aprendizado que conseguiu, hoje, já trabalha como voluntária social no Fórum Ruy Barbosa.  Assim como ela, Marilda Santos da Paixão, também do território de Itinga, reconheceu os conhecimentos e experiências obtidas com professores, coordenadores e outros jovens. “Era isso que faltava. Um projeto para mudar a mente dos jovens”, comentou Marilda.

Para Claudiana Correia da Silva, do território de Simões Filho, o projeto ajudou os jovens em muitos sentidos. “Muitos jovens tinham problemas com drogas e conseguiram, através do Protejo, mudar o seu destino, passando a se valorizar e, também, à sua família. Além disso, alguns já começaram a trabalhar”, contou.

Iasmin Ribeiro afirmou que durante o projeto os jovens tiveram a oportunidade de conviver e aprender com muitos mestres que reconheceram a capacidade e os desejos de mudança.  “Com o convívio na escola, pudemos amadurecer a cada dia. Eu gostava das aulas de canto, de percussão e as que mais me ajudaram foram as aulas de português e literatura porque aprendi  a  gostar mais de ler e me dedicar mais aos estudos”, observou Iasmin.

Depois dos depoimentos, das apresentações musicais, da exibição de um documentário realizado pelos jovens e da entrega dos certificados, foi oferecido um coquetel, na antessala do teatro, para todos os convidados. 

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