Formadores participam de plantão pedagógico em Língua Portuguesa e Matemática com consultores do IVC

Palavras-chave:
Os investimentos do Plano de Formação Continuada Territorial da Secretaria de Educação do Estado da Bahia na formação dos articuladores pedagógicos e formadores proporcionam, há mais de 3 anos, um estudo aprofundado nas áreas de Língua Portuguesa e Matemática. Em parceria com o Instituto Vera Cruz (IVC), os formadores vêm potencializando os conhecimentos didáticos e pedagógicos nestas duas áreas, às quais recentemente se somaram as de Ciências Humanas e da Natureza.
 
Nesta sexta-feira (29/04), a equipe do Instituto Anísio Teixeira (IAT), órgão diretamente responsável pelo processo formativo, participou de encontros sob a condução de Samuel Duarte e Marly Barbosa, consultores do IVC respectivamente responsáveis pelas turmas de matemática e língua portuguesa. O encontro aconteceu em ambiente virtual e em caráter de plantão pedagógico, contando com a participação dos mais de 100 formadores e articuladores pedagógicos do plano.
 
Os objetivos principais foram a troca de experiências e socialização, ouvindo os desafios e dificuldades que os formadores vêm enfrentando na aplicação das pautas formativas junto às suas turmas e buscando, em coletivo, soluções para as questões apresentadas. Não menos importante, a análise das pautas que estão em construção ou já em aplicação junto às turmas de educadores participantes foi um dos pontos de destaque nas discussões. A interdisciplinaridade a ser considerada nas pautas formativas, além da sua transposição para a esfera coordenador-professor foram amplamente discutidas. “Precisamos lembrar que o coordenador é formador e a gente precisa ajudá-lo a assumir esse papel”, defende o consultor Samuel Duarte.
 
Nas turmas de matemática, os formadores revelaram suas inquietações nesta área do conhecimento, especificamente no que tange ao conteúdo em si e a sua articulação com os temas propostos pela formação, a exemplo do currículo, tratado no primeiro encontro do IVC deste ano ou da avaliação e progressão das aprendizagens, que será a temática macro da formação para o segundo encontro. Renata Lopes, formadora, se disse bastante apreensiva com a construção de uma pauta de matemática consistente, já que não é da área, mas afirmou que os conteúdos trazidos pelo IVC contribuem bastante. “Fazemos a curadoria dos temas, conteúdos e materiais que já foram trabalhados pelo IVC e damos os primeiros encaminhamentos didáticos”.
 
A pauta de matemática escolhida para análise na primeira turma do turno matutino foi trazida pela própria Renata, que compartilhou entre os colegas o instrumento ainda em construção. Dentre as avaliações e sugestões, novos formatos de trabalho foram pensados, como a construção coletiva baseada nas experiências de todo o grupo e lastreada pelos saberes dos formadores que atuam nas áreas específicas, contribuição do formador Luciano Dias. “A formação prega o trabalho colaborativo. Podemos formar grupos com professores das áreas para construir sequências didáticas num fazer colaborativo dentro do grupo de formadores e articuladores pedagógicos  A proposta é utilizar as sequências para trabalhar os conhecimentos pedagógicos dentro das áreas, de forma a instrumentalizar os coordenadores para que possam trabalhar com os professores em suas unidades escolares”, defende Luciano.
 
A formadora Sandra Regina Marcula concorda: “Dessa maneira, vamos buscar interdisciplinaridade de forma prática. Trazer de forma coesa para o coordenador a costura com as áreas do conhecimento.”
 
Prática leitora
 
No turno da tarde, os educadores se reuniram com a consultora Marly Barbosa para o plantão de Língua Portuguesa. Coletivamente, eles analisaram pautas formativas centradas na prática leitora.
 
A formadora Ajane Almeida compartilhou as experiências com os coordenadores da sua turma no primeiro ciclo formativo realizado neste ano. "No nosso último encontro, retomamos a discussão sobre leitura colaborativa e entramos com a questão da produção textual. Saíram coisas fantásticas. Para que os estudantes desenvolvam habilidades de leitura e escrita, é necessário conduzir bem essas atividades. Pensar no antes, no durante e no depois. Conversamos sobre como é importante ter repertório de leitura para pensar a produção textual, trazendo essa relação de uma forma mais prática".
 
Outra formadora, Rúbia Lapa, relatou uma devolutiva dos próprios coordenadores sobre uma pauta que discutia gêneros textuais. Inspirados no filme "Central do Brasil", levaram para a sala de aula uma atividade em que os estudantes tinham que responder às cartas ditadas no filme.  As respostas vieram das mais variadas formas, como manchetes de jornal, contratos de aluguel e mensagens de amor. 
 
Durante o encontro, os formadores analisaram uma pauta elaborada por um coordenador pedagógico para ser levada aos professores nas escolas. Eles refletiram sobre a pertinência dos objetivos elencados, as atividades propostas e sobre a didática da língua portuguesa.  A formadora Maria Carolina Oliveira reparou que o documento trazia algo valioso. "Esse coordenador compreendeu um dos pontos fortes da Formação Continuada: a leitura é um conteúdo a ser ensinado na sala de aula". 
 
Depois de fazer comentários sobre ajustes para potencializar a pauta, os educadores discutiram como essa devolutiva deveria chegar da melhor forma aos coordenadores. Assim como nos encontros de matemática, os formadores também sugeriram que as pautas sejam construídas de forma colaborativa. 
 
Sobre o Plano de Formação Continuada Territorial 
 
A Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira realiza a Formação Continuada para Gestores Escolares, Coordenadores Pedagógicos das redes municipais e Estadual, além das Equipes Técnicas das Secretarias Municipais de Educação e dos Núcleos Territoriais de Educação (NTE). A ação, que conta com o apoio da União dos Municípios da Bahia (UPB), da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME) e parceria do Itaú Social, tem foco nos profissionais que atuam nos períodos do 6º ao 9º ano e no Ensino Médio. A formação reúne mais de 9 mil educadores e técnicos de todos os municípios dos 27 Territórios de Identidade da Bahia.

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