Formação desperta educadores para o reconhecimento de estudantes com altas habilidades

A acessibilidade para estudantes com Altas Habilidades e Superdotação foi o tema do Projeto “Inclusão em Pauta”, realizado nesta sexta-feira (12), no Instituto Anísio Teixeira (IAT), órgão que integra a estrutura da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. O projeto busca potencializar a política de educação inclusiva na rede estadual por meio de ações formativas, que têm como foco gestores, professores e coordenadores pedagógicos.

A programação do evento incluiu oficinas e painéis que trataram dos conceitos de inteligência e de altas habilidades, mitos, características, indicadores, portfólio, estudo de caso e fatores que podem ocultar e ficha de identificação. Ao final, todos os participantes puderam entrevistar a mãe de um estudante com superdotação.
 

De acordo com a coordenadora do Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação (NAAHS), Ritta de Cássia de Araújo, a atividade tem o intuito de fazer com que os educadores despertem para o reconhecimento das Altas Habilidades. Neste sentido, explica que existem dois tipos de estudantes: o acadêmico de pensamento convergente e produtivo criativo de pensamento divergente. “No processo de identificação é importante que o professor saiba destes conceitos”, afirmou.

Outro aspecto observado pela Jaqueline Lima, também do NAAHS, é a necessidade do respeito às diferenças na formação humana. “A partir de atividades como esta é que a gente desvenda um universo que é desconhecido para muitos e angustiante para quem vive esta realidade”, disse. Ela cita personalidades como Albert Einstein e Carl Jung como exemplos de pessoas de com altas habilidades/superdotação, que na sua época tiveram dificuldades de serem reconhecidos. “Einstein era considerado um péssimo aluno na escola formal”, contou. O atendimento no NAAHS é feito com base na avaliação do desenvolvimento emocional e cognitivo, que na maioria das vezes estão em níveis diferenciados. Nestes casos, oferece suporte no contraturno do ensino formal. Somente quando estão equilibrados é possível aceleração.

Professora do Colégio Rotary de Salvador e mãe de estudante com superdotação, Gisele de Almeida abordou a necessidade da criação de uma ferramenta que dê suporte ao relacionamento com a escola e com os professores. “Tenho que sempre repetir, todos os anos, as informações sobre o que ele gosta e o que não”.  O portfólio, que seria a ferramenta ideal para esta situação, foi um dos assuntos abordados durante as oficinas.

Sobre o projeto

O Projeto Inclusão em Pauta faz parte da Formação Continuada dos Professores, oferecendo instrumentos pedagógicos da educação inclusiva que potencializem seu trabalho em sala de aula. O projeto continua ao longo de 2019, com encontros mensais previstos entre agosto e novembro. As ações são divulgadas nas redes sociais do Instituto e no Portal da Educação.

 

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