FLICA anuncia programação que terá o protagonismo de estudantes da rede estadual de ensino

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Foto: Fernando Vivas / GOVBA
As poéticas afroindígenas no Bicentenário da Independência do Brasil na Bahia foi o tema condutor do encontro com a curadoria da Festa Literária Internacional de Cachoeira (FLICA), que aconteceu nessa terça-feira (19), em Salvador. No evento também foi anunciada a programação da 11ª edição da FLICA, que acontece de 26 a 29 de outubro no Recôncavo da Bahia.
 
A Secretaria da Educação do Estado (SEC) tem uma ampla participação na feira, que envolve escolas, professores e o protagonismo de estudantes da rede estadual. A secretária da Educação do Estado, Adélia Pinheiro, reforçou o papel da cultura literária na educação dos estudantes. “O estudante e o professor são construtores da FLICA São participantes, mas também levam a sua linguagem, nas mais variadas formas, para apresentar no evento literário o resultado das ações estruturantes da SEC nas escolas, através da música, da produção literária, da dança, do teatro”.
 
Em torno do tema da FLICA, convidados como o baiano Tiganá Santana, a escritora indígena Auritha Tabajara e a pesquisadora nigeriana Oyèrónkẹ Oyěwùmí participarão de mesas e apresentarão sua obra. A Festa Literária de Cachoeira, que conta com patrocínio do Governo da Bahia, através da Secretaria da Cultura (SECULT), por meio da Fundação Pedro Calmon (FPC), terá este ano, além dos espaços no município-sede, atividades em São Félix. 
 
Segundo Jomar Lima, coordenador-geral do evento, as atividades e mesas na cidade serão sediadas pelo Instituto Dannemann. “Teremos tanto a livraria oficial, que é a LDM e vai estar na tenda principal, como alguns outros espaços, a exemplo da Geração Flica, que será na estação ferroviária, e a Fliquinha, na UFRB. E também criamos alguns outros espaços este ano, como é o caso da Flica Audiovisual, um espaço com a TV Alba onde iremos fazer algumas projeções de filmes, vídeos e documentários, inclusive um vídeo-documentário sobre a vida de Hansen Bahia e diversos outros que vão acontecer no espaço do Cine Teatro”, complementou. 
 
O diretor-geral da Fundação Pedro Calmon (FPC), Vladimir Pinheiro, esteve presente no lançamento da programação e falou do impacto de apoiar a cultura literária como política pública. “Através desses eventos literários, temos conseguido trazer o protagonismo dos escritores baianos dos territórios de identidade, bem como a participação cidadã. A leitura é um mecanismo importantíssimo para a nossa cultura de paz”. 
 
A curadoria foi realizada de forma coletiva, dividida por espaços. Na Tenda Paraguaçu, um dos principais palcos da FLICA, as curadoras Luciana Brito e Mirian Reis apresentaram para as pessoas convidadas a autora Luciany Aparecida, as escritoras indígenas Auritha Tabajara, Eliane Potiguara, Cleidiana Ramos e as escritoras estrangeiras Oyèrónkẹ Oyěwùmí e Teresa Cárdenas. 
 
Na Fliquinha, a curadora Clara Amorim (Duca) confirmou a presença de Igor Millord, Cia Avatar de Teatro, Cássia Vale, Natalyne e Estevão Ribeiro, entre outros nomes. Já no espaço Geração Flica, coordenado por Jocivaldo Bispo, serão convidados Kamaywrá Pataxó, MC Akuã e Ricardo Ismael, além do moçambicano Féling Capela e do guineense
 
Na ocasião, os curadores também apresentaram um pouco do planejamento para composição das mesas deste ano. Luciana Brito, professora da UFRB e curadora da Tenda Paraguaçu, destacou o cuidado de não deixar que pessoas indígenas, LGBTQIAPN+ e quilombolas falassem apenas de si. Pessoas autoras da cidade de Cachoeira também estarão na mediação de mesas e como palestrantes. 
 
Repórter Milena Fahel/Secom

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