Educadores reforçam a importância da Formação Continuada durante Seminário Saberes e Fazeres

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Educadores dos Territórios da Bacia do Jacuípe, Litoral Sul e Semiárido Nordeste II apresentaram, nesta quarta e quinta-feira (9 e 10/11), durante o Seminário Territorial Saberes e Fazeres relatos das transformações de práticas profissionais mobilizadas a partir das atividades do Plano Formação Continuada Territorial, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira (IAT). 
 
Na oportunidade, a secretária de educação do município de Ipirá (NTE15), Maria Vanda Oliveira Barreto, agradeceu ao IAT por trazer o intercâmbio de saberes compartilhados para os educadores do município e do território. “Porque nós já não somos um município, somos tantos e somos muito mais que isso. Sem essa parceria não teríamos chegado onde estamos. Para construção da educação não temos respostas imediatas, temos que ter outros dias. Acredito que cada dia faz parte da construção de um esperançar, de um amanhã sempre melhor”, refletiu.
 
Também presente, a coordenadora do NTE 15 Juliana Lima, falou sobre a importância da formação continuada oferecida pelo IAT. “Trabalho importante que o IAT proporcionou, um trabalho colaborativo que nos aproximou. Ainda bem que tivemos a oportunidade de estarmos nesta formação, de participar, de compartilhar saberes e fazer isso com nossos colegas da rede municipal e estadual”, destacou.
 
Relatos de (trans)formações de práticas profissionais
 
“Essa formação me fez crescer muito profissionalmente, me trouxe muitos conhecimentos, porque é uma somatória de experiências vividas e trocadas com os outros educadores. Participar deste seminário é uma forma de devolutiva, de mostrar para as pessoas tudo aquilo que aprendemos e de incentivá-las a buscar esta formação, porque ser educadora é estar em constante formação”, firmou Maria de Fátima dos Santos Oliveira, coordenadora pedagógica do Colégio Municipal Roque Dias da Silva, da Rede Municipal de Nova Fátima. 
 
Memórias de formação
 
Ao apresentar suas aprendizagens e experiências adquiridas durante a formação, a gestora do Colégio Municipal Tarcília Evangelista de Andrade, da Rede Municipal de Capim Grosso, Janete Silva Souza de Almeida, esclareceu que formação continuada não é apenas promover cursos pontuais e, por vezes, apenas para cumprir determinadas agendas legais. “É um processo permanente de aperfeiçoamento, de modo a permitir que professores ampliem seu repertório de práticas pedagógicas para apoiar os alunos de novas e mais eficientes maneiras em seu desenvolvimento”, disse.
 
“Tudo que a gente aprendeu no IAT, durante a formação, não se findou nas nossas pessoas, aquilo que nós aprendemos foi levado para os nossos municípios para se tornar ações exitosas. No curso do IAT eu encontrei pessoas, homens e mulheres, que estavam na mesma condição que eu, que acreditam na educação como transformadora e libertadora”, completou.
 
Discorrendo sobre o Diário Formacional e o campo de saberes na prática docente, a coordenadora pedagógica da Escola Padre Moisés Messias de Carvalho, da Rede Municipal de Ensino de Ipirá Marina Sodré Barreto afirmou que a Formação Territorial Continuada é um avanço na educação do município. “Ela traz novas perspectivas, novos olhares e traz uma organização muito grande para a gente enquanto coordenador pedagógico, porque traz uma agenda do coordenador, um plano gestor, um projeto de recomposição da aprendizagem. O nosso município só tem a agradecer a todos que participaram desta formação, ao IAT e aos parceiros, porque é assim que se faz educação”, concluiu.
 
De Norte ao Sul
 
Dois extremos da Bahia, o Norte e o Sul, se encontraram nesta quinta, tendo como ponte o seminário Saberes e Fazeres. Seis educadores técnicos do NTE 10 (Sertão do São Francisco) viajaram por iniciativa própria, alguns por mais de mil quilômetros, para acompanhar as experiências dos colegas do NTE 5 (Litoral Sul). Givanice Fonte, técnica pedagógica na secretaria municipal de educação de Sobradinho, foi uma das educadoras que fizeram questão de acompanhar o encontro em Itabuna. “Alinhamos este intercâmbio  no último encontro  no IAT. Há muita afinidade entre os nossos territórios, temos desafios comuns, e cada experiência contribuiu muito para a nossa formação. Esse avizinhamento territorial foi fundamental, principalmente em consequência da pandemia. Cada município contribui de uma forma ímpar que soma e consolida nosso entendimento sobre aquilo que devemos fazer ou intervir para a melhoria da educação  pública em nossos municípios e, consequentemente, do Estado”.
 
Givanice participa dos encontros da formação continuada há quatro anos e conta que cresceu profissionalmente. “Aprendemos muito nessa formação, especialmente presencialmente. Além da ementa proposta, a amplitude de conhecimentos que veio em anexo superou as expectativas de todos nós. Fizemos amizades, compartilhamos materiais e instrumentos, as experiências de nossas terras. Isso é muito gratificante e fortalecedor. Somos técnicos melhores!”. 
 
No dia 23, acontece o seminário do NTE 10, e eles também vão receber por lá os colegas do NTE 5. “Eles já estão se articulando para isso! Consideramos que é o complemento de nossa formação. É uma experiência enriquecedora para todos nós”.
 

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