A Secretaria da Educação do Estado realizou uma videoconferência sobre “Educação Escolar Quilombola: Novos Rumos, velhos desafios”, nesta terça-feira (5), no Instituto Anísio Teixeira (IAT). Com transmissão simultânea para as telessalas localizadas nas sedes dos Núcleos Territoriais de Educação da (NTE), a iniciativa apresentou os avanços da Educação Quilombola desde a criação da Resolução 68/2013, que definiu as diretrizes educacionais da modalidade, e abordou as novas perspectivas para esta política pública.

 

A atividade contou com especialistas na área, como o professor da Faculdade de Educação da UFBA, Eduardo Oliveira, o professor da Universidade Estadual da Bahia, Carlos Eduardo, além da coordenadora de Educação para Diversidade, Erica Capinan, e da coordenadora da Educação no Campo, Gilvandete Evangelista, da Secretaria da Educação do Estado.  

 

Dentre os avanços da rede estadual destacados no evento, nestes quatro anos de criação da Resolução 68/2013, está a intensificação, por parte da Secretaria da Educação, da implantação das diretrizes da Educação Quilombola, envolvendo parcerias com as secretarias municipais. Neste sentido, várias ações foram desenvolvidas em escolas localizadas, por exemplo, em municípios como Palmas de Monte Alto, Nova Redenção, Taperoá e, principalmente, no Colégio Estadual Eraldo Tinoco, em Santiago do Iguape, que se tornou uma referência para todo o Estado.

 

Outro destaque foi o projeto Caravana da Igualdade/ Diálogos Formativos como um dos responsáveis pelo avanço da implantação das diretrizes na Bahia. “Realizamos encontros com gestores em diversos NTE para realizar debates que incluíam a Educação Escolar Quilombola e a Educação para as relações étnico-raciais. Isso contribuiu bastante para essa evolução das diretrizes em todo Estado”, enfatizou a coordenadora Erica Capinan.

 

Sobre as perspectivas para a modalidade, a videoconferência destacou a alteração nas políticas educacionais da Educação Escolar Quilombola, que agora estará ligada à Educação do Campo e não mais à Educação para a Diversidade, tendo como base a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). “Neste mês está ocorrendo essa alteração à luz da LDB que determina essa mudança. É importante agora vislumbrarmos os próximos passos e determinarmos como evoluir ainda mais nesta caminhada”, acrescentou Capinan.