Educadoras da rede estadual participam de imersão em STEAM

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Setenta e seis professoras de Salvador e outros 50 municípios do STEAM+, projeto voltado para a formação e o engajamento de professoras e alunas em Ciências, Tecnologia, Engenharia, Artes e Matemática, participaram, nesta quarta-feira (05), no Instituto Anísio Teixeira, de um dia inteiro de imersão para ampliação do conhecimento teórico e prático acerca destas cincos áreas do conhecimento e troca de experiências sobre a prática docente.
 
Durante a manhã, as professoras participaram de uma oficina de Cultura Maker com a especialista Rozeani Araújo. “Nada deixa o educador mais feliz do que ter todo mundo participando, desenvolvendo junto o aprendizado. Na oficina trabalhamos um mini gerador eólico. Teve um envolvimento com uma participação com coração de todo mundo. Então tenho certeza que esse encontro vai frutificar. Que uma semente foi plantada de entusiasmo, de alegria, com educação Maker, com educação STEAM e eu espero que todos se sintam mais empoderados para levar as lições que marcaram esse encontro para a prática pedagógica do ano” disse Rozeani.
 
Já na parte da tarde, elas participaram de um bate papo, promovido pelas Secretarias da Educação e da Ciência Tecnologia e Inovação (SECTI), sobre o tema “Caravana da Ciência: interiorização de conhecimento e saberes’ com a biomédica, doutora em patologia humana e pesquisadora brasileira que coordenou a equipe responsável pelo sequenciamento do genoma do vírus SARS-CoV-2, Jaqueline Góes.
 
A pesquisadora falou sobre o projeto Caravanas da Ciência, como foi pensado, seus objetivos e estratégias para levar a ciência à população. Jaqueline Góes também discorreu sobre a percepção que a população em geral tem da Ciência e Tecnologia no Brasil, os principais obstáculos para a popularização da ciência e sobre a importância do letramento científico no combate as fake news.
 
"A falta de acesso é um grande obstáculo para a democratização do saber. Precisamos buscar estratégias para levar a ciência à população. Não podemos criar ou compactuar com o isolamento científico que existe no país. Muitas pessoas não sabem como a ciência funciona e não sabem, não porque elas não querem, mas porque nós cientistas não conseguimos chegar até elas", afirmou.
 
A pesquisadora destacou ainda que a divulgação científica é um grande pilar da popularização da ciência e que a mídia tem papel importante neste processo. “A população não entende os resultados das pesquisas, porque não sabe como a ciência é feita, não conhece o processo e por isso acha que a ciência pode trazer malefícios. Por outro lado, existe a fragilidade que os próprios cientistas têm em comunicar o resultado de suas pesquisas e, ainda, as fake News, que são uma máquina com engrenagem complexa e que precisa ser combatida através do letramento científico", analisou.
 
Além do dia de imersão, as educadoras participaram também do seminário ‘Educação e máquina de fazer democracia’, que aconteceu no IAT, em 03 e 04 de junho.
 
Para a coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Gentil Paraíso Martins, em Valença (NTE 06), Maria do Amparo, participar da imersão foi uma experiência enriquecedora.
 
“Estar no seminário e nesta imersão unindo a tecnologia e a ciência e participando deste encontro de saberes com os nossos pares e professores, que estão no dia a dia com estes saberes pedagógicos, foi de extrema importância e de grande riqueza. Com certeza a nossa experiência enquanto profissionais na educação foi elevada nestes três dias", contou.
 
“Durante a imersão elas tiveram contato com temáticas afins às atividades que elas estão desenvolvendo e participaram de todo um planejamento que irá ajudá-las a desenvolver melhor e a ampliar as perspectivas dos seus projetos”, contou a diretora de Inovação e Tecnologia do IAT, Carla Aragão.
 
Após este primeiro encontro presencial, as professoras selecionarão até cinco estudantes, cada, para desenvolverem com elas o projeto que apresentaram na etapa seletiva. Em setembro o grupo participará de um novo encontro presencial onde apresentarão os projetos finalizados e receberão o selo de Professoras Fellow STEAM+.
 
O projeto
 
Intitulado STEAM+, o projeto visa fomentar a participação de meninas e mulheres nestes campos, utilizando uma metodologia interdisciplinar que tem a função não só de intensificar o aprendizado nestas cinco áreas do conhecimento, como também de interligá-las, com foco na aplicação prática do aprendizado.
 
 
 
 
 
 
 

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