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Combate ao trabalho escravo será discutido em escolas do Oeste Baiano
Foto: Claudionor Jr. - Ascom/Educação
Estudantes de 140 escolas estaduais da capital e do Oeste Baiano passarão a ter novos elementos no currículo escolar ao longo do ano letivo: projetos multidisciplinares de combate ao trabalho escravo. A iniciativa faz parte de uma parceria entre a Secretaria da Educação do Estado da Bahia com a ONG Repórter Brasil, por meio do ‘Programa escravo, nem pensar!. A parceria inclui a formação de professores e gestores como a realizada, nesta terça-feira (14), no Centro Juvenil de Ciência e Cultural, localizado no Colégio Central da Bahia, em Salvador.
O ‘Programa escravo, nem pensar!’ tem como objetivo combater o trabalho escravo e promover a prevenção do problema nas comunidades mais vulneráveis ao aliciamento de trabalhadores e ao uso de mão de obra escrava. Inicialmente, a formação abrangerá três Núcleos Territoriais de Educação (NTE): Salvador, Santa Maria da Vitória e Barreiras. A escolha do Oeste Baiano se deve ao fato de ser uma das regiões com mais incidência de migração de trabalhadores escravos para outros Estados. Salvador foi incluída pelo grande número de escolas estaduais, o que irá contribuir para a uma maior difusão da informação.
A diretora da Educação e suas Modalidades, da Secretaria da Educação do Estado, Elizete França, diz que a formação de professores e gestores é fundamental. “Através da Educação e a partir da capacitação de professores da rede, iremos contribuir para atingir os estudantes na discussão e combate ao trabalho escravo contemporâneo, expandindo o tema para os pais dos alunos, fortalecendo a integração escola-família”, afirma Elizete, ao acrescentar que “o tema será um fio condutor de vários conteúdos pedagógicos, envolvendo Literatura (textos), Teatro, Cinema e Estatística (aulas de Matemática), entre outras áreas”, destaca.
A coordenadora do ‘Programa Escravo, nem pensar! ’, Natália Suzuki, ressalta a importância da institucionalização do tema do trabalho escravo no currículo escolar da rede pública, mediante inserção nos planejamentos e projetos político-pedagógicos das escolas. “Estamos muito felizes com esta parceria com a Secretaria da Educação do Estado porque temos um ganho de escala, já que iremos atingir um público que será capaz de disseminar o projeto amplamente”, afirma.
A coordenadora de Educação para a Diversidade, da Secretaria da Educação do Estado, Érica Capinan, que participou da formação, nesta terça, comenta: “A expectativa é que possamos abrir os nossos horizontes para a importância de uma Educação voltada para os Direitos Humanos, em uma perspectiva social, cultural e histórica, lembrando que, geralmente, são os estudantes da zona rural, pobres e negros os capturados para o trabalho escravo”, acredita.
A formação, nesta terça-feira, que marca o início das ações relacionadas ao ‘Programa Escravo, nem Pensar!’ nas escolas estaduais, também contou com a participação de representantes da Organização Internacional do Trabalho (OIT), do Ministério Público do Trabalho e da Comissão Estadual para Erradicação ao Trabalho Escravo da Bahia.
Programa Escravo, nem pensar!
Coordenado pela ONG Repórter Brasil, o ‘Programa Escravo, nem pensar! ’ teve início em 2004, como uma resposta às demandas do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, documento elaborado por representantes do poder público, da sociedade civil e de organismos internacionais. Crime contra a dignidade humana, o trabalho escravo contemporâneo se caracteriza pela redução de alguém à condição análoga a de escravo, submetendo-o a trabalhos forçados, à jornada exaustiva, a condições degradantes de trabalho ou restringindo-o, por qualquer meio, a sua locomoção em razão de dívidas contraídas com o empregador.
Coordenado pela ONG Repórter Brasil, o ‘Programa Escravo, nem pensar! ’ teve início em 2004, como uma resposta às demandas do Plano Nacional para a Erradicação do Trabalho Escravo, documento elaborado por representantes do poder público, da sociedade civil e de organismos internacionais. Crime contra a dignidade humana, o trabalho escravo contemporâneo se caracteriza pela redução de alguém à condição análoga a de escravo, submetendo-o a trabalhos forçados, à jornada exaustiva, a condições degradantes de trabalho ou restringindo-o, por qualquer meio, a sua locomoção em razão de dívidas contraídas com o empregador.
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