Professores discutem avanços e desafios no ensino da história afro-brasileira e africana

 



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Dentro das ações do Novembro Negro, desencadeadas pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, professores da rede estadual de ensino discutiram, durante videoconferência no Instituto Anísio Teixeira, em Salvador, as conquistas e desafios do ensino da cultura e história afro-brasileira e africana nas escolas, com a implementação da Lei nº 10.639/2003. A atividade, realizada na quarta (04), foi transmitida para todas as telessalas dos Núcleos Regionais de Educação (NRE) e contou com as participações da professora Deyse Luciano, que falou sobre sua experiência de ensino no Colégio Estadual Sete de Setembro, e do historiador Antônio Cosme que falou sobre os avanços e marcos legais da Lei.

O professor e historiador, Antônio Cosme, destacou que, embora a Lei já tenha 12 anos, este tempo ainda é pouco para uma mudança efetiva apenas com a aplicação da Lei. “Uma lei não muda a consciência da sociedade. Temos muitos avanços com a 10.639, a exemplo deste debate. Temos mais materiais didáticos, mais livros, mais professores engajados. Mas a sociedade ainda reproduz um discurso racista e preconceituoso, que, com o tempo e todo este trabalho, com certeza, será fragilizado”, acredita.

Os professores avaliam que a intolerância religiosa é um entrave para o ensino da cultura e história afro-brasileira e africana. “Só iremos vencer esse entrave da religião, com respeito à religião do outro. É uma construção que deve ser feita aos poucos e que venha com o conhecimento histórico, fazendo com que o estudante perceba a construção das civilizações e que ele reconheça a realidade social em que ele vive”, destacou a professora e pesquisadora Deyse Luciano.

Para a coordenadora de educação para as relações étnico-raciais da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Érica Capinan, o debate é importante para que os avanços já conquistados sejam ampliados. “Na rede estadual temos avanços, experiências exitosas de professores e escolas no que tange a aplicação da Lei. Hoje, a maioria das escolas da rede estadual trabalha o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana por meio de ações de educadores ou dos projetos estruturantes”, ressalta.

Notícias Relacionadas