Professores da rede estadual organizam livro sobre a cidade de Castro Alves

Como o intuito de preservar a identidade e o sentido de pertencimento dos seus moradores com a cidade de Castro Alves, os professores da rede pública estadual Aldo Júnior, Hanilton Souza, Rita Sá, Isabel Pachêco e Ivanice Souza organizaram o livro Cidade e Memória: um outro olhar sobre Castro Alves. A publicação – que reúne poesias, textos narrativos e fotografias antigas  – busca ressignificar a memória do município onde nasceu o poeta Castro Alves (1847-1871), a partir da preservação da cultura e das suas tradições populares.

“Nosso objetivo, com esse livro, é oferecer um novo olhar sobre a cidade de Castro para as novas gerações, sobretudo, para os jovens estudantes do município que não tiveram a oportunidade de conhecer a história local construída por seus antepassados, já que não há arquivo público no município e, por conta do incêndio que destruiu a prefeitura em 1972, todos os registros históricos foram perdidos”, pontua o professor do Colégio Estadual Polivalente de Castro Alves, Aldo Junior, um dos idealizadores e coordenadores da obra.

A publicação, que deverá ser lançada no início do segundo semestre, traz temas diversos, a exemplo de uma de suas históricas construções – a Fazenda Curralinho –, que deu origem ao local onde, hoje, está situada a sede do município. “Ali, devido à sua localização estratégica, era parada obrigatória dos tropeiros que viajavam do Recôncavo para a região de Rio de Contas”, conta Aldo Junior, se referindo a um dos conteúdos do livro. Outros assuntos, como a inauguração da estátua do poeta Castro Alves, a música das filarmônicas da cidade, a antiga estação ferroviária, a tradicional Escola São José, a emancipação política de Castro Alves (1880) e o São João local são, também, abordados.

Para recuperar a história do município de Castro Alves e reescrevê-la, conta Aldo Junior, foram necessários cinco anos de pesquisa, realizada pelos autores – todos nascidos no município. “Para isso, ouvimos narrativas de moradores mais antigos e utilizamos as fotografias da época como fontes iconográficas, objetos de memória e matéria-prima para a reconstrução da história da cidade e dos seus habitantes”, explica o professor.

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